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13/08/2010 - 00:00

Celso admite ter mandado ônibus escolar para Bolívia; prefeito exige rigor nas investigações

Por Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO O professor Celso Antunes, diretor da escola Santa Catarina, localizada no distrito do Limão, a 45 quilômetros do município, admite ter determinado que um ônibus de transporte escolar viajasse até a Bolívia levando um grupo de professores para compra de presentes para a festa do folclore realizado no final de semana na comunidade. Porém, afirma, ter sido por uma “causa justa”. E, que, em momento algum houve má fé já que, segundo ele, o ônibus, costumeiramente, entra no território boliviano, para levar alunos na escola de Roça velha, pertencente ao núcleo da escola Santa Catarina. Apesar da justificativa, o prefeito Túlio Fontes exigiu do secretário de Educação, Josué de Alcântara, rigor nas investigações: “determinei que o caso seja apurado com rigor. Se for constatado irregularidades que se responsabilize os culpados” enfatizou. “Realmente isso ocorreu. Mas foi por uma causa justa. E, além disso, não houve má fé. Até porque, o ônibus atravessa constantemente o território boliviano ao levar alunos para a escola da Roça Velha, pertencente a nossa jurisdição. Eu também não tinha conhecimento dessa proibição” explicou. Por sua vez, o secretário Josué Alcântara afirmou que já instaurou sindicância administrativa para apurar o caso. Disse que, além do caso do ônibus de transporte escolar usado para viagem à Bolívia há, segundo ele, pelo menos, três outras denúncias sobre má gestão do diretor Celso Antunes. “Além do caso do ônibus existem ainda três outras denúncias contra o diretor. Todas serão apuradas com rigor” afirmou. O motorista do ônibus confirmou que foi autorizado pelo diretor a fazer a viagem a San Matias para levar três professores para fazer compra. Disse que, foi comprado cerca de R$ 150,00 em bugigangas como bolas e bonecas. Revelou que entregou um ofício ao comandante da guarnição do Gefron para que facilitasse a entrada do veículo no território boliviano. Porém, o comandante da guarnição, segundo ele, disse que não seria necessário. Orientando apenas que não trouxessem mercadorias além da cota permitida. O diretor confirma também que trabalha com um computador da escola em sua residência. Justifica, no entanto que foi a forma encontrada para adiantar alguns trabalhos em benefício da escola. “Às vezes trabalho a noite e até de madrugada fazendo ofícios e outros serviços de interesses da escola. Por isso, o aparelho fica em minha residência”. Sobre a denúncia de que estaria priorizando festas em detrimento as aulas, disse que “essa é minha filosofia de trabalho. O método da maioria das escolas são retrógrados. Sou mais de palestras, seminários, filmes educativos entre outros”. Celso Antunes nega que tenha feito ameaças a merendeira Maria José. “Eu jamais fiz qualquer tipo de ameaças a essa senhora. Pelo contrário, sempre a ajudei”. A servidora disse que ao reclamar da atuação do diretor foi perseguida e ameaçada. Segundo Maria José “ele me faz constantes ameaças. Entre elas de que eu já estou com pé na cova” disse a servidora Maria José, acrescentando que “ele diz que irá fazer um relatório para encaminhar a secretaria de Educação, como forma de me intimidar”.
 
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