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12/08/2010 - 00:00

Operadores nacionais de turismo conhecem Cáceres

Por Jornal Oeste

Assessoria Mostrar o potencial turístico do ecossistema além da pesca é um dos objetivos do Famtour Travessia do Pantanal Dois Estados, Um só Destino, a ser encerrado neste domingo (15), após percorrer 21 opções de roteiros nos Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A atividade apresentada a representantes e empresários de operadoras turísticas do Sudeste e do Nordeste é organizado pelo Sebrae, Ministério do Turismo, Instituto Marca Brasil, Secretaria de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso (Sedtur) e Fundação do Turismo de Mato Grosso do Sul. Estimativa do setor em Mato Grosso é de que vão para o Pantanal 80% dos turistas que chegam pelo Aeroporto Internacional Marechal Rondon, na região metropolitana de Cuiabá. Estão no Famtour a Tourlines Operadora (Vitória-ES); MGM Operadora Turística (São Paulo); Velocitas Turismo (Rio de Janeiro); Master Operadora Turística (Maceió-AL); e Litoral Verde Operadora de Turismo (Petrópolis-RJ). Todos eles demostraram interesse em roteiros no Estado, após encontro de negócios no Salão de Turismo, promovido em maio. Na lista de opções, estão a rica biodiversidade da fauna e flora, a gastronomia de peixes e comidas típicas regionais, como eles conheceram nos restaurantes Regionalíssimo, em Cuiabá, e Kaskata, em Cáceres. Ou o turismo cultural, com os costumes e práticas do homem pantaneiro em Poconé. Nos últimos três dias, os operadores conheceram o Pantanal Norte, com sua biodiversidade e pontos de ecoturismo nas cidades de Poconé e Cáceres em Mato Grosso. Já a partir desta sexta-feira (13), eles percorrem meios de hospedagem e alternativas de roteiros em Miranda e Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Jaqueline Rodrigues, gerente geral da MGM, informa já operar com pacotes no Pantanal. Mas a oportunidade da atual visita é única, por representar busca de informações sobre fornecedores e a forma de trabalho dos empresários da cadeia do turismo local. Ela diz que o segmento de turismo de lazer está em franco crescimento. “É um destino que muita gente tem curiosidade em conhecer e pouco acontece. O aproveitamento para a região é baixo. Viemos buscar informação para ter argumento de comercialização”. Ela diz ter possibilidade de pacotes pequenos, como para observação de pássaros e contemplação da natureza do Pantanal. A líder da Unidade de Turismo e Artesanato do Sebrae-MT, Marisbeth Gonçalves, diz que o Famtour Travessia do Pantanal faz integração de fato entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, pelo fator geográfico do ecossistema. A abordagem dos roteiros, revela, é também para se mostrar a produção associada da região, como o artesanato, a cultura local da Dança dos Mascarados e a Cavalhada de Poconé. “Queremos envolver os pontos de entrada de qualquer pacote turístico no Pantanal para eles não serem só ponto de passagem”. Ela citou opções diversificadas, como o Trieco Pantaneiro em Poconé, cidade na entrada do Pantanal, a 104 Km de Cuiabá. Na atividade, o turista tem um dia de cavalgada, um dia de bicicleta e um dia de trilha. O pacote já é comercializado. A consultora de turismo do Sebrae-MT, Rejane Pasquali explica que desde 2008 há o roteiro Travessia do Pantanal e que com o Famtour os operadores passarão a levá-lo para o mercado. Ela diz que o roteiro todo pode ser feito em 11 dias. “A ideia é trabalhar a roteirização como a proposta do Ministério do Turismo, que requer articulação e organização do setor”. Muitas vezes, explica, operadores não entendem que há três tipos de Pantanal: um na cheia, outro na seca e na vazante. Copa 2014 O fato de Cuiabá ser cidade-sede da Copa 2014 da Fifa é atrativo direto para oportunidades no setor turístico, relata Jaqueline, pois “o turista que vem para a Copa tem que ficar mais um tempo”. Oswaldo Luiz Faria, da Velocitas Turismo, diz aproveitar o evento do futebol como opções de incrementar parcerias com empresários locais. Embora não detalhe, por questão comercial, ele cita que a operadora tem interesse em investir em Mato Grosso. “Temos uma ideia que queremos discutir. Há um projeto que se encaixa”. Em outra perspectiva, revela, há “possibilidade de safári fotográfico, um caminho para colocar no mercado internacional, pois o único concorrente é a África”. Oswaldo conta que há duas razões para prospectar roteiros em Mato Grosso. Uma é o turismo receptivo internacional no Brasil “ávido por novidades”, área de atuação da empresa, e para o crescente turismo doméstico. Outro é o atendimento à demanda do segmento de Gays, Lésbicas e Simpatizantes (GLS), para o qual a operadora também atua e onde há tendência de demanda para pacotes. “Nós pensamos no mercado GLS brasileiro. Eles são responsáveis pela viagem dos pais. Viajam muito e servem de referência para parentes e amigos”, indica potencial. “O público GLS viaja 3,6 ao ano em longas distâncias. Já o hetero viaja 1,2 ao ano”, compara. Informações sobre Mato Grosso em www.sedtur.gov.br e sobre o Sebrae-MT no endereço www.mt.agenciasebrae.com.br
 
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