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08/08/2010 - 00:00

430 presos se amontoam na cadeia pública de Cáceres com capacidade de abrigar 240

Por Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO Quatrocentos e trinta presos se amontoam em 14 celas da cadeia pública de Cáceres, com capacidade de abrigar 240. É o maior número de presos recolhidos na unidade prisional dos últimos tempos. Mas, a situação poderia estar ainda pior: 329 detentos estão em regime semi-aberto. Ou seja: comparecem apenas para assinar um livro de presença e, mesmo tendo praticado crimes, continuam em liberdade. No total são 729 presos entre os de regime fechado, semi-aberto e provisórios. Os números são do INFOPEN- Sistema de Informações Penitenciárias, referente ao mês de junho. Ao todo são 4 blocos, dos quais 3 com 4 alas e um com 2. Em uma das alas, com capacidade de abrigar 64 presos existem 125. Consta ainda que 33 mulheres, a maioria presas por tráfico de drogas, estão em regime semi-aberto porque em Cáceres não existe cadeia feminina. O documento oficializa o que a maioria das pessoas já sabe: mais de a metade dos presos cumprem pena por tráfico de drogas. São cerca de 230 traficantes recolhidos no chamado “Cadeião”. Revela que, desse total, apenas uma minoria formada por 94 reeducandos já foi condenada e por isso estão em regime fechado. Os demais – 243 são presos provisórios que aguardam julgamento e só são recolhidos nas celas durante a noite. A estatística indica que dos 729, 84 presos provisórios são provenientes da Justiça Federal. O documento mostra que, embora o tráfico seja responsável pelo maior número de prisões, a grande maioria dos traficantes é de nacionalidade brasileira. Existem recolhidos apenas 62 estrangeiros – 61 bolivianos e 1 sul africano. O restante são 688 brasileiros natos. O “Raio - X” da unidade aponta 231 presos por Crimes Contra a Pessoa. Sendo 10 por homicídio, 56 por furto simples, 28 por furto qualificado, 47 por roubo simples, 14 por roubo qualificado, um por estelionato e 25 por receptação. Dez estão presos por Crime Contra os Costumes: 6 estupradores, 2 por atentado violento ao pudor e 2 por corrupção de menores. Crimes Contra a Paz Pública são 8 quadrilheiros. Recolhidos contra a Fé Pública: 7 por uso de documento falso. Dois são os presos por peculato, o que caracteriza Crimes Contra a Administração Pública. No documento encaminhado a INFOPEN, consta ainda a existência no cadeião de 2 presos por Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública, os chamados contrabando ou descaminho. 13 estão recolhidos por violência contra a mulher. Enquadrados na Lei Maria da Penha. São 181 presos por tráfico internacional de drogas e os demais são por tráfico doméstico. 15 são presos por porte ilegal de arma. Enquadrados no Estatuto do Desarmamento. A estatística aponta que a maioria dos presos terá 4 anos de pena. Estão enquadrados nesse tempo 219 reeducandos; apenados de 4 a 8 anos, 145 presos; de 8 a 15 anos, 40 presos; de 15 a 20 anos, 9 presos e de 20 a 30 anos, apenas 8 reeducandos. O maior número de presos é jovem de 18 a 24 anos: nessa faixa etária existem 180 reeducandos, em seguida aparecem os presos com idade entre 25 a 29 anos: nessa faixa estão encarcerados 126. 81 presos têm de 30 a 34 anos; 28 de 35 a 45 anos; 4 de 46 a 60 anos e um com mais de 60. Os números indicam que a maioria dos presos é de cor parda. Nesse contexto estão 181 reeducandos; 130 são de cor negra e 110 branca. 255 são da área urbana; 71 de regiões metropolitanas e 95 da zona rural. Conforme o documento, centenas de reeducandos estão inseridas em programas de laborterapia – trabalho externo: 25 apóiam o estabelecimento penal através de limpeza e 154 realizam atividades artesanais. 104 estão no programa de alfabetização e 56 do ensino fundamental.
 
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