Notícias / Polícia

08/08/2010 - 00:00

Mãe de preso na Operação Volver faz desabafo ao Jornal Oeste

Por Jornal Oeste

Da Redação A dona de casa Maria Olindina Castro Revollo, mãe de Cayo Castro Revollo, preso no dia 10 de julho do ano passado, na Operação Volver, em e-mail enviado do Acre, diz ao Jornal Oeste que o filho é inocente. Leia o texto abaixo: "Não sei bem se por aqui serei ouvida, mas, acredito que uma hora ou outra, após incansáveis tentativas haverá algum cristão que me escute e me ajude. Meu nome é Maria Olindina Castro Revollo, mãe de Cayo Castro Revollo, preso no dia 10 de julho 2009, na Operação Volver. Venho através deste, manifestar minha indignação contra a Policia Federal e todos aqueles que irresponsavelmente transformaram meu filho, um homem bom, honesto e trabalhador em um bandido, traficante, membro de quadrilha criminosa e etc. Hoje meu filho e toda nossa família, conhecida por seu trabalho e não por bandidagem, amarga o inferno em vida. Nunca foi feita uma investigação sobre a vida dele, só suposições de longe baseados em movimentos bancários já esclarecidos, nunca pegaram meu filho com drogas, nunca conseguiram provar nenhuma ligação dele com esse grupo a não ser esses malditos 3 depósitos bancarios todos efetuados no mesmo dia num valor irrisório de 15 mil e poucos reais que foram depositados para o pagamento de um terreno vendido por um amigo do meu filho e ao qual ele emprestou a conta justamente para receber esse valor. Meu filho não conhece ninguém desse bando, nunca andou pelo Mato Grosso, nunca conversou por telefone ou MSN ou pessoalmente com nenhum deles, nunca teve nenhum vicio, nunca foi preso, nunca andou com esse tipo de gente. Hoje, após 13 meses naquele cativeiro, olho para o meu filho e vejo um olhar perdido, sem esperança, a lagrima que lhe escorre pelo canto olho para mim é de sangue e meu coração sangra com o dele. Minha familia constituída à 35 anos, hoje está separada pela maldita circunstancia, meu marido em uma cidade e eu em outra, perdi meu trabalho porque tive que assumir o acompanhamento de duas filhas adolescente para estudar, ele que fazia isso. Só gostaria que esses irresponsáveis que fizeram isso com meu filho soubessem do nosso calvário, porque para nós não tem mais jeito, o rolo compressor que passou por nossas vidas e que serviu para alimentar o ego dessa corja não tem volta e as cicatrizes deixadas jamais desaparecerão,mas em outros casos talvez eles pensem melhor e sejam mais humanos na hora de mandar um inocente para a cadeia."
 
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