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07/08/2010 - 00:00

DEM expulsa vereador Kirrarinha

Por Jornal Oeste

SONIA FIORI Da Reportagem Por unanimidade, o Conselho de Ética do DEM aprovou ontem, em reunião realizada na sede da sigla, em Cuiabá, a expulsão dos quadros do partido do vereador democrata Lourivaldo Rodrigues de Moraes, o Kirrarinha. Com a presença do senador Jayme Campos (DEM), a Executiva do partido se reúne, na próxima segunda-feira, para oficializar a desfiliação do parlamentar. O Estatuto da sigla prevê a punição para quem comete “faltas de extrema gravidade”. Kirrarinha agrediu a jornalista Márcia Pache, da TV Centro-Oeste, afiliada da TV Band, de Pontes e Lacerda, quando ela estava no exercício da função. A aplicação de sanção ao vereador também foi defendida por líderes do PSDB, que temiam reflexos negativos para a chapa majoritária, encabeçada pelo ex-prefeito tucano Wilson Santos, que tem o DEM como aliado. Na segunda-feira, se reúnem o presidente regional do partido, Oscar Ribeiro, o senador licenciado Gilberto Goellner, que ocupa função de vice-presidente de Assuntos Sociais, e ainda Jayme, responsável por Assuntos de Relacionamento com Direções Municipais, além de outros membros da Executiva. Não será necessária votação para o parecer do conselho, já que a posição dos membros foi unânime. Nesse sentido, o encontro de segunda-feira surge apenas para cumprimento das normas internas, cabendo à Executiva apenas respaldar a decisão do conselho. Caberá ao DEM enviar a comunicação de desfiliação de Kirrarinha ao cartório eleitoral do município e ainda para a Câmara Municipal – que de posse do parecer também poderá tomar medidas cabíveis contra o vereador. A relatora do processo, Lídia Hugney Lopes de Oliveira, destacou no parecer a posição de exclusão dos quadros do DEM do parlamentar, levando em consideração o histórico de “descompasso” de Kirrarinha. Foi lembrado na reunião do conselho que a repórter Márcia estava no exercício da função quando foi agredida pelo vereador. Lídia também destacou que ao partido cabe analisar o fato em relação à ética e comportamento esperado de um membro da legenda. Ela lembrou que cabe aos setores competentes da segurança pública tomarem providências sobre o ocorrido. Entretanto, a relatora frisou a responsabilidade da agremiação de punir atos que não condizem com os termos partidários. Ela reiterou ainda que foi dado prazo de 10 dias para defesa de Kirrarinha e que o mesmo solicitou a prorrogação pelo mesmo período para encaminhar os documentos. A defesa do vereador também foi lida na tarde de ontem, mas não convenceu os membros do conselho. Eles consideraram o ato do vereador como “uma falta de extrema gravidade”. Ele também teve seu pedido de registro de candidatura à vaga de deputado estadual indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na sessão de quinta-feira.
 
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