Notícias / Mato Grosso

06/08/2010 - 00:00

Casos de Malária aumentam em Lucas e Sinop

Por Jornal Oeste

CAROLINA HOLLAND Ao contrário dos outros municípios de Mato Grosso, que apresentaram queda no número de pessoas infectadas por malária entre janeiro e agosto deste ano, Sinop e Lucas do Rio Verde tiveram aumento nas notificações no período. Enquanto na primeira cidade os casos cresceram 636%, na segunda o aumento foi de 3.730% - com três mortes. O Estado apresentou queda de 39% no contágio, registrando 1.429 casos de 1º de janeiro a 5 de agosto de 2010. No mesmo período do ano passado, foram 2.336 notificações de malária. As três mortes causadas por malária aconteceram em fevereiro. Um dos mortos era um andarilho, o outro, um caminhoneiro e a terceira pessoa era uma moradora da Lucas. O aumento do número de casos em Lucas do Rio Verde impressiona. O município, que teve três registros da doença de janeiro a agosto de 2009, registrou 115 casos no mesmo período deste ano. De acordo com a responsável técnica do Programa Estadual de Controle de Malária da Secretaria Estadual de Saúde, Elaine Cristina de Oliveira, uma das explicações é a movimentação de pessoas no município. “O fluxo de pessoas é muito grande, o que pode ter contribuído muito para alastrar a doença”, afirmou. Em Sinop, o aumento de casos de malária também foi grande. Enquanto nos sete primeiros meses de 2009 o município teve 11 registros da doença, neste ano, foram 81 pessoas infectadas. Mas, segundo Eliana Oliveira, o município sempre registrou muitos casos de malária. Uma das explicações é o Parque Florestal, localizado no perímetro urbano. “O local é frequentado por muitas pessoas. Por ser uma área verde, há uma grande concentração do mosquito transmissor, o que ajuda a proliferar a malária”, declarou. Uma das medidas adotadas pelo poder público local foi mudar o horário de funcionamento do parque, que agora abre mais tarde e fecha mais cedo. “Fizeram essas adequações de acordo com o comportamento do mosquito. A incidência de picadas é maior no começo da manhã e quando começa a anoitecer”, explicou Elaine. Algumas medidas adotadas pelas prefeituras para combater a doença são a aplicação de biolarvicida – para matar a larva do mosquito – e de inseticida nos locais públicos e nas casas dos moradores. A malária é uma doença infecciosa transmitida por um mosquito e, se não for tratada em tempo, pode matar. Os principais sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça e náusea, o que faz com que possa ser confundida com outras doenças, como dengue e febre amarela. “A recomendação da Secretaria de Saúde é que, caso apresente febre, o paciente seja logo submetido a um teste para saber se é malária”, frisou Eliana Oliveira. Os cuidados devem ser redobrados, principalmente nas cidades da região norte do Estado, que apresentam mais casos da doença por causa da proximidade com a Floresta Amazônica. Os remédios para tratar a malária existem na rede pública.
 
Sitevip Internet