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05/08/2010 - 00:00

La Niña reduz de chuvas em MT e atingirá rios; temperatura vai a 35º

Por Jornal Oeste

Hebert Almeida Redação 24 Horas News De acordo com as análises de modelos numéricos para a temperatura dos oceanos, as águas superficiais na região do oceano Pacífico equatorial tenderão a um padrão de resfriamento, ou seja, o La Niña, fenômeno que favorece a ocorrência de chuvas acima do padrão normal em algumas áreas da região Amazônica estará atuando. No entanto, para o trimestre apenas o nordeste do estado poderá sentir reflexos de chuvas acima do normal, favorecidos por este fenômeno, segundo Ana Cleide Bezerra, do Setor de Meteorologia do Sipam Nos próximos três meses, Mato Grosso estará sob a influência do La Niña. O fenômeno começa a se intensificar no Oceano Pacífico e, com isso, espera-se alterações no clima da região nos próximos três meses. A expectativa é de que em Mato Grosso todo, com exceção do nordeste do Estado, tenham chuva bem abaixo da média, segundo o setor de Meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em boletim com prognóstico do clima na Amazônia Legal para os próximos três meses. A previsão indica também altas temperaturas. O efeito atinge ainda o Acre e Rondônia. Frequentemente, as chuvas iniciam em setembro nos três estados. Porém, com a evolução do fenômeno La Niña no Pacífico e também das águas mais quentes que o normal no mar do Caribe, a tendência é de que a massa de ar seco, que predomina no Brasil Central e que atualmente está mais intensa que o normal, continue atuando com força na região, dificultando a formação de nuvens de chuva até meados de setembro. “Somente em outubro as chuvas voltam a acontecer com certa freqüência, o que colocaria assim o trimestre como um todo com chuvas abaixo da normalidade” – observa a nota do Sistema de Proteção da Amazônia. “Para os rios isso é muito ruim, pois aumenta as chances de vermos alguns rios atingindo a marca de máxima vazante encontrada em 2005”. Segundo a nota do Sipam, como o período das chuvas no sul da Amazônia deixou muito a desejar, ou seja, choveu abaixo do esperado na maior parte dos três estados do sul da Amazônia e com o atraso no início das chuvas, existe uma grande possibilidade de os rios atingirem níveis muito próximos à máxima vazante registrada em 2005. Com relação à temperatura, o calor continuará mais forte que o normal na região, com exceção do sul e sudoeste do Mato Grosso, onde as temperaturas seguirão dentro da normalidade. Esse período de agosto a outubro é normalmente o mais quente do ano nos estados do sul da Amazônia. Assim, neste ano, com a manutenção da massa de ar quente e seco, que seguirá forte nesses meses, a tendência é da temperatura permanecer bastante elevada em todas as áreas, atingindo em quase todos os dias desse trimestre temperaturas acima dos 35 graus na grande maioria das cidades. A nota do Sipam ressalta também que a umidade do ar continuará muito baixa na região - principalmente em Rondônia e no Mato Grosso - até meados de setembro. A partir daí, com o início das chuvas, a umidade volta a subir. As friagens ainda ocorrem nesse trimestre. Portanto, ainda se esperam alguns eventos significativos na região até outubro.
 
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