Jornal Oeste

Patrícia Sanches RDNEWS A situação jurídica do presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva (PP) pode ficar ainda mais delicada se o Pleno do TRE acompanhar o parecer do procurador regional eleitoral Thiago Lemos, que emitiu parecer contrário ao deferimento do registro de candidatura do parlamentar. Em seu despacho, o procurador lembra que o progressista está inelegível devido ao efeito da condenação no próprio TRE por compra de votos no pleito de 2006. A decisão ocorreu na última terça (29) e, conforme o representante do Ministério Público Eleitoral, tem reflexos imediatos na candidatura de Riva, já que segundo Tiago, se tornou o chamado político “ficha suja”. “Sem embargo de tudo isso, o candidato está, sim, inelegível", frisa o procurador eleitoral em seu parecer. Riva teve o mandato cassado após ser acusado de compra de votos e caixa 2 no pleito de 2006. Entre as provas existentes contra o parlamentar está uma agenda com anotações do então vereador por Santo Antônio do Leverger Edmar Galio, o Curi (PP), que supostamente comprava votos em nome de Riva. O progressista já ingressou com embargos declaratórios junto ao TRE para tentar reverter a situação adversa. Caso Riva seja enquadrado como “ficha suja”, ele será o segundo político mato-grossense a ter a candidatura barrada por causa dos efeitos da nova legislação. O primeiro a ir para a berlinda é o deputado federal Pedro Henry (PP), que tenta a reeleição. O nome dele, inclusive, é citado no despacho de Thiago. “Por meio do acórdão nº 19091, essa Corte à unanimidade negou registro a Pedro Henry Neto, dentre outros motivo porque este candidato foi declarado inelegível em ação de investigação judicial eleitoral julgada procedente pelo próprio Tribunal depois da formalização do pedido de registro de candidatura. Com essas considerações, o Ministério Público opina pelo indeferimento deste registro de candidatura”.