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02/08/2010 - 00:00

Sem Pedro Henry, PP não elege 1 federal; outras alianças tiram proveito

Por Jornal Oeste

Romilson Dourado RDNEWS A decisão da Justiça Eleitoral de barrar alguns candidatos, entre eles Pedro Henry, e a perda de força política de José Riva, que teve o mandato cassado, começam a tirar o PP da perspectiva de eleger entre dois e três deputados federais. Como o quociente eleitoral deve superar a 200 mil votos, o partido corre risco de não eleger, sequer, um à Câmara. São oito cadeiras em disputa para representação mato-grossense em Brasília. Hoje com dois parlamentares (Henry e Eliene Lima), o PP divide a maior bancada com o PR. Com Henry no páreo, os progressistas previam que a coligação com sete partidos (PRB, PP, PTN, PSC, PHS, PTC e PRP) conquistaria até três vagas. O partido lançou 8 candidatos a federal, mas os principais nomes são dos seus federais Henry e Eliene, do empresário Roberto Dorner, com base em Sinop, e do produtor rural Neri Geller, de Lucas do Rio Verde. Os demais concorrentes são o vereador por Primavera do Leste Manoel Messias, o Missias di Caprio; o ex-vereador por Várzea Grande, Nicodemos Cruz, o Nicão; o empresário barra-garcense Roberto Farias e o bispo Sérgio Aguiar. Henry sonhava com o quinto mandato. Ele é deputado desde os anos 1990. Estreou na Câmara, após se tornar suplente e "abocanhar" a vaga de Roberto França, que teve de renunciar para assumir a Prefeitura de Cuiabá. Dificilmente o cacique progressista conseguirá reverter sua situação em meio aos embates jurídicos. Ele teve o registro indeferido já com base na Lei da Ficha Limpa, está com mandato cassado desde 2007 e só se mantém no cargo por força de uma liminar e ainda se encontra inelegível pelos próximos três anos. A Justiça Eleitoral vai julgar também três pedidos de cassação de registro do parlamenar. Sem o cacique do PP na disputa, a coligação perde ao menos 60 mil votos. De quebra, o TRE cassou o registro de todos os candidatos a deputado federal pelo nanico PRB por duplicidade de coligação. Eliene, que era tido como "reeleito", também vive drama. Seu principal cabo eleitoral, principalmente em termo de estrutura de campanha, é o presidente da Assembleia, José Riva, que perdeu o mandato e deve deixar o cargo no decorrer desta semana. Como está elegível, Riva deve ficar fora do Legislativo por, no máximo, seis meses, já que a tendência é jogar pesado pela reconquista do mandato, a não ser que seja enquadrado como ficha-suja. Nesse caso, o cacique do PP está mais preocupado em "salvar a pele" e não carregar o projeto de Eliene, como fez em 2006. Além disso, Eliene se mostra abatido por causa do quadro clínico de um dos filhos, que sofreu acidente e se encontra em estado grave. Se de um lado esses fatos diminuem a chance da coligação Mato Grosso Progressista de garantir representatividade na Câmara, aumenta a projeção quanto ao número de vagas para outras. A coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar II, com PR, PT ePMDB, por exemplo, agora já alimenta expectativa de eleger até quatro. Seus principais candidatos são os já federais Homero Pereira e Wellington Fagundes (ambos do PR), os petistas Ságuas Moraes e Serys Marly e o peemedebista Carlos Abicalil. O bloco que reune DEM, PSDB e PTB vê chance agora de também garantir três vagas. Os mais cotados são os tucanos Thelma de Oliveira, Nilson Leitão e Rogério Salles e o democrata Júlio Campos. A coligação Mato Grosso Melhor Para Você, com quatro partidos (PDT, PPS, PSB e PV) calcula que, com o desfalque de algumas candidaturas consideradas fortes de outros grupos, possa tirar proveito e garantir uma vaga. Nesta aliança, os nomes com maior visibilidade eleitoral são do já federal Valtenir Pereira (PSB) e do empresário Eduardo Moura (PPS).
 
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