Notícias / Saúde

19/07/2010 - 00:00

Combate à Aids pode custar até R$ 62 bilhões por ano

Por Jornal Oeste

DO R7 A Aliança Internacional HIV/Aids alertou neste sábado (17) que o custo anual de combate à epidemia da Aids deve alcançar os R$ 62 bilhões (US$ 35 bilhões) em 2030 se os governos não investirem corretamente em medidas de prevenção. A declaração do grupo foi feita um dia antes encontro da ONU (Organização das Nações Unidas) que vai reunir 25 mil especialistas em torno do assunto. A Conferência Internacional sobre a AIDS começa neste domingo (18) em Viena, na Áustria. Dados do Unaids (Programa da ONU de Combate à Aids) mostram que 33,4 milhões de pessoas com Aids no mundo. Segundo Alvaro Bermejo, diretor executivo da Aliança Internacional HIV/Aids, essa quantia representa uma "custosa bomba relógio" para famílias, governos e doadores. - Para cada duas pessoas que recebem tratamento, cinco outras são contaminadas. A essa taxa, o gasto com HIV vai subir de 13 bilhões de dólares agora para entre 19 bilhões e 35 bilhões de dólares em um espaço de tempo de 20 anos. A Aliança reúne grupos de caridade e de combate à doença ao redor do mundo. Bermejo afirmou que autoridades encarregadas por programas de combate à doença no mundo precisam aumentar a prevenção e reduzir as barreiras que impedem os grupos marginalizados -- usuários de drogas, prostitutas e homossexuais -- de receberem tratamento e serviços para a doença. Para Bermejo, se as autoridades direcionarem os recursos para os mais afetados, o ritmo de novas infecções vai diminuir. - [E as autoridades] ainda vão economizar dinheiro para aumentar a escala do tratamento. O HIV é transmitido durante o sexo, pelo sangue, por agulhas e leite materno. Ele gradualmente reduz as defesas do organismo e pode levar vários anos para causar os sintomas. O vírus já matou 25 milhões de pessoas desde que a pandemia começou no início dos anos 80. A África subsaariana é a região mais afetada pela doença: são mais de 22 milhões de soropositivos, o que representa cerca de 67% de todos os infectados no mundo. Nessa região, em países como Uganda e Maláui, o grupo de Bermejo percebe um preconceito cada vez maior contra homens que fazem sexo com outros homens, grupo chamado de HSH.
 
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