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18/07/2010 - 00:00

Pedro Henry e Wellington Fagundes tiram licença-saúde sem estarem doentes

Por Jornal Oeste

R7 Ao invés de aderir ao "recesso branco", alguns parlamentares lançam mão da licença conjunta. Eles somam aos 120 dias de licença não-remunerada para interesse particular - a que todo parlamentar tem direito constitucionalmente - mais alguns dias de licença-saúde. Os eleitores, no entanto, não têm motivos para se preocuparem com a saúde dos parlamentares. A licença serve apenas para garantir o direito à convocação de suplentes, adquirido somente em caso de ausência superior a 120 dias. Na Câmara, Pedro Henry Neto (PP-MT), Wellington Fagundes (PR-MT), Vicentinho Alves (PR-TO), João Oliveira (DEM-TO) e Eduardo Valverde (PT-RO) usaram a brecha e apresentaram os pedidos médicos. Entre os senadores, estão Ideli Salvatti (PP-SC), José Agripino (DEM-RN), Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Raimundo Colombo (DEM-SC). Ideli afirma que está se tratando de uma hérnia de disco lombar no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, e que há um mês já vem fazendo sessões de fisioterapia. Em seu lugar, assume o suplente Belini Meurer. Garibaldi Alves somou aos seus 116 dias de licença de interesse particular cinco dias para fazer um check-up. A assessoria diz que os exames são necessários como forma de preparação para a campanha, uma vez que o senador passará os próximos meses no interior de seu Estado. Na semana passada, assumiu o suplente João Faustino. Confira também Eleições esvaziam Congresso e adiam votações Entenda como funciona o recesso parlamentar Já a assessoria de José Agripino admite que o senador usou a licença-saúde como forma de garantir a convocação do suplente, José Bezerra de Araújo Júnior. O senador, entretanto, vai aproveitar para fazer um pequeno tratamento odontológico. A assessoria de Raimundo Colombo nega que a licença-saúde tenha o propósito de exceder o período de 120 dias, e afirma que ele fará um check-up. Desde o dia 9, o suplente Niura Demarchi dos Santos está em seu lugar. Candidatos à Presidência A senadora Marina Silva também se ausentou para se dedicar à campanha. Diferentemente dos colegas, ela tem direito a não comparecer à Casa porque vai concorrer ao pleito de presidente ou vice-presidente da República. A licença – remunerada e com suplente garantido – vai desde o dia do registro de sua candidatura junto ao TSE até a apuração final dos votos. Para os deputados, no entanto, essa regra não vale. O candidato a vice-presidente de José Serra, deputado Índio da Costa (DEM), teve de solicitar licença por interesse particular de 89 dias a fim de se dedicar à campanha. Já o vice de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB) optou por não se afastar do mandato, já que perderia o cargo de presidente da Câmara dos Deputados.
 
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