Jornal Oeste

Bruno Garcia MIDIANEWS Favorito na corrida eleitoral por uma das duas vagas no Senado, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto, o ex-governador Blairo Maggi (PR) declarou que não se deixará levar pelo clima do "já ganhou". Para ele, isso é preocupante. "As pessoas podem achar que não é necessário trabalhar, mas eu trabalho todo dia, como se tivesse começando a campanha. E vou fazer isso até o dia da eleição", declarou o republicano, em entrevista, durante o ato de lançamento oficial da campanha do governador Silval Barbosa (PMDB) à reeleição, na quinta-feira (15), na AMM. Blairo Maggi afirmou que o maior desafio, na atual conjuntura eleitoral, não é manter-se na ponta, mas sim transformar essa intenção apontada nas pesquisas em voto nas urnas. "De intenção temos muito, mas é preciso transformar isso em voto. Posso até não ser um dos vencedores nessa eleição, mas não vai ser por falta de trabalho", afirmou o ex-governador. Caso seja eleito, Maggi afirmou que quer ser um senador "genérico", destacando que não irá defender somente uma bandeira, no caso, o setor do agronegócio. "É claro que o agronegócio é extremamente importante para Mato Grosso e terá o merecido destaque, mas outros segmentos também terão atenção", declarou. Com relação às visitas ao Estado, diante de um distanciamento natural dos políticos com mandatos em Brasília, Maggi disse que pretende fazer visitas setorizadas, de forma programada. "Eu pretendo, ao longo do meu mandato, separar regiões e visitá-las com mais tempo. A presença tem que ser mais programada", disse. Ritmo de campanha Apesar de ter largado na frente na questão eleitoral - ele já visitou mais de 50 municípios, entre o período de campanha e a pré-campanha -, Blairo Maggi analisou que os candidatos estão começando a engrenar, ressaltando que os eleitores não estão nem pensando em política. "A eleição ainda não chegou à população, deve chegar junto com a propaganda eleitoral na TV e rádio", observou o republicano. O ex-governador aposta que, após o horário eleitoral, o clima de campanha irá esquentar, prevendo discussões acirradas e troca de acusações. "Veremos a eleição pegar fogo e tomar rumo. Já li algumas coisas, mas acredito que, realmente, é depois do horário eleitoral que começa a eleição", afirmou Maggi.