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16/07/2010 - 00:00

Polícia investiga falsificação de bolas oficiais de futebol em MT

Por Jornal Oeste

CRAQUESDORADIO Você certamente já deve ter ouvido muitos casos recentes de fatos policiais ligados ao futebol, mas, Cuiabá está prestes a se envolver e um escândalo. A Polícia está investigando uma fábrica de bolas ‘clandestinas’, isso mesmo: clones, cópias falsificadas de grandes marcas, produzidas num bairro da periferia da capital mato-grossense. As investigações começaram depois que alguns atletas e dirigentes começaram a reclamar da bola utilizada pela Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) durante o Campeonato Estadual. O goleiro Everton, do Cuiabá, e o ex-diretor do clube, Neto Nepomuceno, que também foi atleta do Flamengo, foram os primeiros a perceberem as deficiências da bola que, apesar de exibir a marca inglesa Umbro, tinha qualidade e procedências suspeitas. As autoridades policias tentam manter sigilo sobre o caso, mas a reportagem apurou que a tal fábrica já estaria vendendo as bolas falsificadas em grande quantidade no Estado. No mercado local, as bolas oficiais da Umbro custam em média R$ 60. A Jabulani, da Adidas, que estreou na Copa da África do Sul, com as mesmas reclamações, custa R$ 400 e não há nas lojas de Cuiabá, apenas as réplicas que variam entre R$ 100 e R$ 150. Procurada pela reportagem a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) informou comprou as bolas para o Campeonato Estadual 2010, direto de um fornecedor denominado ‘Alpargatas’, cuja sede fica em São Paulo. A marca Alpargatas é bastante conhecida em todo o País, pois fabrica vários produtos líderes de mercado, inclusive calças jens, que recebem etiquetas de grandes marcas, mas não soube informar o valor pago por bola e nem a quantidade adquirida. O presidente da entidade, Carlos Orione, não pode atender a reportagem. A Penitenciária Central de Cuiabá (antigo Pascoal Ramos) parou de produzir as bolas desde o ano passado, que eram feitas pelos próprios presidiários e revendidas a empresários de Cuiabá. Segundo a coordenação a fábrica está parada e deve ser reatividada em breve, mas não citou prazos. João Carlos de Oliveira Santos, vice-presidente da FMF e dono da Casa dos Esportes Várzea-grandense admitiu que houve problema com as bolas do Mato-grossense. “Começamos com a Umbro, compradas com o Batistela, que é o representante, mas como o pessoal começou a reclamar, mudamos para a Kappa, fabricada pela Alpargatas, em São Paulo”, disse João. O empresário no entanto, admitiu que ‘possuía’ uma fábrica de bolas em Cuiabá, mas negou que as tenha fabricado para o Estadual e disse que desativou a unidade que funcionava no bairro Morada do Ouro. “Eu tinha uma fábrica, mas desativei. Se souber se algum sócio, estou querendo reabrir”, disse João Carlos.
 
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