Jornal Oeste

Assessoria O candidato ao Senado Blairo Maggi (PR) já começou fazer suas promessas de campanha e informou que irá buscar reforços para a segurança na fronteira de Mato Grosso, para combater o tráfico de drogas. Maggi defende que é necessário o envolvimento mais intenso do governo federal na vigilância dessas áreas, incluindo Mato Grosso, com seus mais de 700 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia. Em um encontro informal com moradores do bairro Cidade Alta, em Cuiabá, mais de 60 participantes fizeram um apelo ao ex-governador para que atue na causa e ajude a frear o aumento da quantidade de jovens e adultos viciados, problema que assusta os cuiabanos na região Oeste da Capital. “O governo federal e a Polícia Federal precisam tomar conta de forma efetiva das nossas fronteiras, por onde entram as drogas de outros países. Mato Grosso faz um esforço imenso para cuidar disso com o Gefron (Grupo Especial de Fronteira), que toma conta de nossa fronteira com a Bolívia. Porém, cabe à União o reforço da segurança em nossa fronteira, até para que o Estado possa reforçar a segurança de suas cidades”, apontou. Maggi destacou que o grupo militar serviu de modelo para o país, mas que a União também precisa assumir essa responsabilidade de controlar a entrada e saída de produtos nas divisas com países vizinhos. “Esse é um tema importantíssimo e relevante, que precisa receber atenção e ser priorizado no Senado Federal. Já há um consenso de que as drogas são uma tragédia e de que só a atuação isolada da polícia não dará conta de resolver o problema”, afirmou. O presidente do bairro Cidade Alta, Paulo Cesar Camargo Ramos, disse que é perceptível o aumento de usuários de drogas na região. “É difícil para os pais verem seus filhos no submundo das drogas. Aqui tem se tornado comum sair na rua e encontrar jovens drogados. Precisamos de alguém forte e que consiga levar essa luta adiante. É por isso que pedimos para o Blairo defender essa causa no Senado”. Historicamente, a fronteira de Mato Grosso com a Bolívia é utilizada como principal corredor de entrada de cocaína no Brasil, tendo como principal canal a cidade de Cáceres e municípios do entorno. A Polícia Federal apreendeu no trecho 3,2 toneladas de pasta base de cocaína em 2009. Em 2008, foram 4 toneladas. Estimativas extra-oficiais apontam que as autoridades conseguem apreender apenas 10% do total de carregamentos de entorpecentes transportados no trecho. Apesar dos esforços e dos postos da PF e do Gefron na região, os traficantes ainda fazem o transporte com certa facilidade por meio do uso de “mulas”- pessoas pagas para atravessar o trecho carregando pequenas quantidades do entorpecente – e de pequenos aviões. As informações da assessoria.