Jornal Oeste

Edilson Almeida Redação 24 Horas News A infinidade de apoio político manifestada através das bases – vereadores, prefeitos e entidades de classe – ao deputado José Riva, presidente da Assembléia Legislativa, para que seja candidato ao Governo do Estado na eleição de 2010 será alvo de discussão interna no Partido Progressista. Uma reunião está sendo articulada para o começo de junho, no mais tardar, com a finalidade de discutir o assunto. Dependendo dos resultados das avaliações, o encontro poderá indicar a abertura de discussões com demais partidos com os quais o PP mantém entendimentos, inclusive com o PMDB e com o DEM, além do próprio Partido da República, do governador Blairo Maggi. Com projeto político firmado visando o Senado Federal, a candidatura de José Riva ao Governo do Estado já é vista como uma forma de agregar as forças políticas que estão fragmentadas neste momento, especialmente na aliança que dá sustentação ao Governo do Estado. De um lado, o DEM com a pré-candidatura de Jaime Campos; e, de outro, o PMDB, que trabalha o nome do vice-governador Silval Barbosa, e que conta com o apoio dos republicanos, que, por sua vez, são rechaçados pelos democratas ligados a Jayme. O PP, anteriormente, garantiu apoio ao nome de Jayme Campos ao Governo. Pelo quadro do momento, um acordo entre democratas, peemedebistas e republicanos está literalmente descartado. Jayme Campos não aceita sequer sentar-se à mesa com o PR, liderado pelo governador Blairo Maggi, em que pese a direção do partido negar que os canais de diálogos estejam bloqueados. Jayme e Maggi, nesta semana, trocaram duros ataques sobre licitação em seus respectivos governos. Jayme, que foi governador entre 91 e 95, tenta conduzir o DEM para uma aliança com o PSDB – o que aconteceria mediante o recuo do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, da pretensão de ser candidato ao Governo. “Nós vamos com Jayme Campos” – disse José Riva, nesta quinta-feira, ao tratar da reunião do começo de junho para discutir sua candidatura. O parlamentar progressista deixou claro que a prioridade do PP é garantir uma candidatura no arco de alianças de apoio ao Governo. Chega a defender que seja “zerado” os debates sobre nomes. “Quando se chega com um nome tudo fica bem mais complicado” – salientou. Ele enfatizou, todavia, que o PP endereçou apoio ao senador democrata inclusive se a aliança a ser firmada seja com o PSDB. “Se ele for o candidato, sem problemas” – acentuou. Sobre o lançamento do seu nome em si, Riva é enigmático. Admite que tem sido fortemente assediado pelas bases, inclusive de outros partidos políticos. Porém, prefere manter a cautela e assegurar que seu projeto inicial é mesmo a candidatura ao Senado. “Qualquer situação tem que começar no partido” – frisou o político. Ele diz que seu objetivo é buscar o entendimento e observa que a engenharia política deverá prevalecer nos entendimentos, já que há vários componentes em jogo. Citou o caso do Partido dos Trabalhadores (PT) e da influência do quadro político nacional nas bases. “Há muito o que ser discutido” – desconversou o político. “Eu preciso construir minha candidatura ao Senado. Minha pretensão tem uma boa base política, agora não posso menosprezar o fato de que é preciso levar em consideração algumas condicionantes”.