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05/07/2010 - 00:00

Oficiais de justiça dizem que greve no Judiciário é política

Por Jornal Oeste

Redação 24 Horas News A sorte está lançada. Diretores do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso atacaram o cunho da greve dos servidores - que já dura mais de um mês - e enfatizaram que o movimento tem caráter político e pessoal Eles advertem para os prejuízos que o movimento está causando a população, aos advogados, e à instituição, o que envolve o aspecto moral e econômico. “O TJ depende de ações do CNJ e portanto, o servidor está ciente disso” – diz o presidente do Sindojus, Eder Gomes de Moura. As reivindicações da categoria, segundo o sindicalista, já estão em discussão, mas a situação administrativa por que passa o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, através do CNJ, é sensato se observar que a situação causa prejuízos para os cidadãos na demanda das ações. “Há quem tenha algo a pagar, mas do outro lado há, e muito, quem tem a receber. Tanto nos aspectos financeiros como de bens, patrimônios ou até mesmo no que se refere a relações humanas, como ações da Vara de Família. Há ainda outros direitos do cidadão, como acesso a medicamentos e até no que diz respeito à própria vida, que é o caso de cirurgias e exames de complexidade em ações contra o SUS ou planos de saúde privados” apontou. Moura é taxativo: “A sociedade mato-grossense está assistindo um dos períodos de maior impacto quanto a imagem do Judiciário, com a abertura de vagas de doze desembargadores, com ações consistentes pelo Conselho Nacional de Justiça e proporcionando um cenário de grandes mudanças e transformações dentro do órgão em Mato Grosso. Assim, persistir nessa greve não vai contribuir tanto para o resultados que todos os servidores almejam, já que os pleitos estão sendo discutidos justamente pelo CNJ”. O presidente do Sindojus adverte seriamente ainda para os prejuízos financeiros que o TJ está acumulando, sem o recolhimento de valores estabelecidos em cada procedimento. “E mais preocupante – diz Eder – é a possibilidade do CJN determinar o desconto dos dias parados dos grevistas, o que vai prejudicar a totalidade de servidores”. “ Pontuando sobre a imagem do papel do Oficial de Justiça, Eder ressalta que a categoria desenvolve também um papel fundamental para a população, através da participação voluntária nos casamentos comunitários, as campanhas de paternidade e ainda sobre jovens e adolescentes. “Há uma visão unilateral sobre o nosso trabalho, mas no fundo contemplamos a todos os lados da sociedade na busca da aplicação da justiça social, do cumprimento dos direitos e deveres das pessoas”, destaca ele concluindo que “por este aspecto é que advertimos sobre as conseqüências que a greve poderá ter em breve”. Durante a semana, o dirigente sindical se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Silvério Gomes. Junto com os demais diretores da entidade, reiteraram reivindicações de interesse da categoria que compreende em Mato Grosso cerca de 600 servidores e, por outro lado, manifestaram apoio a atual administração do órgão.
 
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