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05/07/2010 - 00:00

PSB corre risco de não eleger deputado, diz socialista Vilma Moreira

Por Jornal Oeste

Rafael Costa MIDIANEWS Única representante do PSB na Assembleia Legislativa, a deputada Vilma Moreira criticou a decisão do partido que, em convenção na semana passada, decidiu pela formação de um "chapão" com PDT-PPS-PV para a disputa de vagas no Legislativo estadual. "Fui totalmente contra. Tenho certeza de que seríamos mais beneficiados com a composição PSV e PV, para disputar vagas de deputado. Com essa aliança, tínhamos a expectativa de eleger até três representantes; agora, o futuro do PSB está incerto", afirmou a parlamentar, em entrevista ao Midianews. A socialista classificou de "chapa do sacrifício" a batalha para deputado estadual. "Vamos para o sacrifício em torno de um projeto ousado, que é a tentativa de eleger Mauro Mendes governador do Estado. A tendência é de crescimento, conforme apontam nossas pesquisas internas", observou. No entanto, a parlamentar afirmou que sempre foi favorável à formação do chapão para a disputa de deputado federal, por conta do coeficiente eleitoral a ser atingido e que gira em torno de 197,6 mil votos . "Trata-se de outra situação, onde é necessário formar uma chapa com candidatos potenciais em diversas regiões do Estado, para alcançar uma quantia máxima de votos", lembrou. Em 2006, Vilma Moreira conquistou a primeira suplência de deputada estadual, numa coligação formada por partidos considerados "nanicos". No entanto, não conseguiu se eleger vereadora em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), na eleição municipal de 2008. A chamada "Frentinha" conseguiu eleger apenas Chico Galindo (PTB), atual prefeito de Cuiabá. A socialista foi beneficiada com a eleição do petebista para vice-prefeito na chapa que reelegeu o tucano Wilson Santos. Estratégia A decisão do Movimento Mato Grosso Muito Mais pela formação de um chapão é considerada uma estratégia para atingir com mais facilidade o coeficiente eleitoral, índice de votos que deve ser alcançado para o candidato ou coligação eleger um representante. Para eleger deputados estaduais, a coligação ou candidato deverá alcançar a média de 67,4 mil votos. O número é correspondente ao coeficiente eleitoral que será utilizado em Mato Grosso nas eleições de outubro. De acordo com o artigo 10 da Lei nº 9.504, do Código Eleitoral, cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, até 150% do número de lugares a preencher. Assim, se optar pelo isolamento, um partido pode lançar 36 nomes à disputa, uma vez que são oferecidas 24 vagas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A mesma lei estipula que uma coligação partidária, independentemente do número de partidos que integra, poderá registrar até o dobro do número de vagas a serem preenchidas, ou seja, 48 em Mato Grosso.
 
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