Jornal Oeste

Andréa Haddad RDNEWS Seis dias depois de protagonizar imagens, veiculadas nas principais emissoras de TV do país, em aparece agredindo fisicamente a jornalista Márcia Pache, da TV Centro-Oeste (SBT), o vereador por Pontes e Lacerda, Lorivaldo Rodrigues de Moraes (DEM), o Kirrarinha, tenta fazer “mea-culpa”. Em visita ao RDNews, ele disse que exagerou e pede desculpas à imprensa, incluindo a TV Centro-Oeste, veiculo que acusa de persegui-lo sistematicamente na tentativa de evitar que fosse candidato à Assembleia. “Já pedi desculpas publicamente na cidade, até mesmo durante a última sessão da Câmara, quando fui aplaudido em pé pelos presentes”, relata. Kirrarinha disse que não suportou a pressão diante das supostas inverdades divulgas contra ele ao longo dos últimos seis anos. Em 2004, ainda no PDT, conquistou pela primeira vez a vaga de vereador com 481 votos. Quatro anos depois foi o mais votado com 1.495 votos. Agora disputa os eleitores da região com o deputado Antônio Azambuja (PP), suplente que ganhou a vaga de titular com a posse de Campos Neto no TCE. Em 2008, na briga por cadeira à Câmara, Azambuja chegou na terceira colocação, com uma diferença de 381 votos em relação a Kirrarinha. Curiosamente agora ambos correm atrás dos mesmos eleitores, mas por chapas opostas na disputa ao governo. Na tentativa de reverter o desgaste provocado pelo recente escândalo, Kirrarinha argumenta que Azambuja conta com o apoio da máquina da prefeitura, comandada desde 2004 pelo também progressista Newton Miotto, proprietário de concessões de canais de televisão (Record) e de rádios. “Minha candidatura inviabiliza a do Azambuja e toda a imprensa local fechou com ele. Protocolei cinco solicitações de direito de resposta na TV Centro-Oeste e nunca fui atendido”, reclama. Kirrarinha acusa o prefeito Miotto de “plantar” denúncias falsas contra ele. “Sou o único vereador que fiscaliza as ações do Executivo e denuncia irregularidades”, diz. Além de agredir a jornalista Márcia Pache, em 2007 o democrata tentou dar um soco no repórter da TV Record, Celso Garcia, que conseguiu sair ileso. Indagado sobre o assunto, o vereador contrapõe e diz que foi empurrado. “Tanto é que o jornalista não prestou boletim de ocorrência. Fui eu quem ingressei na Justiça com pedido de indenização por danos morais”. Ele também nega a acusação de que incitou um casal de baixa renda a ocupar irregularmente uma casa num conjunto habitacional construído pelo governo. Conforme o inquérito, Kirrarinha mandou fazer a cópia da chave da casa. O dono da escritura prestou queixa à polícia, que obrigou o casal a desocupar o espaço. O parlamentar também é acusado de ter obtido procuração para receber os provimentos do INSS de uma aposentada de 74 anos, analfabeta, e de não ter devolvido todo o dinheiro. Ele contesta. “É tudo mentira. Nunca me apropriei de nenhum valor daquelas pessoas”, rebate.