Jornal Oeste

Luiz Esmael e Oliveira Júnior Da Redação Uma estratégia política foi colocada em campo para resolver o impasse na liberação da "ajuda" do Governo do Estado no valor de R$ 1,5 milhão aos 15 clubes que disputaram o Campeonato Mato-grossense deste ano. Após se reunirem por mais de duas horas com o secretário de Esportes e Lazer (Seel), radialista Laércio de Arruda e presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, num hotel da capital na manhã de ontem, presidentes das equipes partiram para cima dos deputados estaduais e do secretário da Casa Civil, Éder Moraes, no período vespertino, em busca de uma solução junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que suspendeu qualquer tipo convênio entre a Seel e a FMF. Num primeiro encontro entre os dirigentes, Éder Moraes e os deputados José Riva (PP), presidente da Assembléia Legislativa e Mauro Savi (PR), líder do governo no Legislativo, houve uma sinalização de que o dinheiro poderia ser liberado o mais breve possível. Mas por conta do bloqueio feito pelo conselheiro José Carlos Novelli a respeito das contas da Seel no final do ano passado, o TCE teria que se consultado a respeito do assunto. O secretário-adjunto da Casa Civil, Vilvado Lopes, foi escalado para conversar e fazer uma consulta junto ao presidente do TCE, conselheiro Valter Albano. O presidente do Luverdense, Helmute Lawisch, chegou a sugerir a criação de uma espécie de "Clube dos 13", mas foi voto vencido. Em sua explação sobre a série de irregularidades nas prestações de contas dos clubes e convênios assinados anteriormente como o Estadual, Copa Mato Grosso e Campeonato Amador de Seleções, torneios referentes ao ano de 2009, o secretário estadual de esportes Laércio de Arruda, essaltou que expôs toda a documentação que comprova as pendências nas prestações de contas dos clubes. "Não podemos remeter ao Tribunal de Contas, uma prestação mal feita, cheia de erros", disse, acrescentando: "Não fui questionado em nenhum momento. Mostramos que os clubes estão errados", disse Arruda. O conselheiro Campos Neto é o relator do processo do bloqueio das contas. Até o fechamento desta edição, por volta das 17h, não havia uma posição oficial sobre o assunto. "Nada foi resolvido", resumiu Laércio de Arruda, ou seja: os clubes só vão receber os recursos do Governo, assim que comprovarem como, onde e com quem foram gastos os recursos doados pelo Governo, como forma de prêmio. Nesse ponto, no entanto há controvérsia, afinal, se, mesmo sendo dinheiro público, os recursos foram doados, haveria necessidade de prestação de contas?