Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO Aconteceu o que grande parte dos eleitores e lideranças políticas já esperava: a vaidade pessoal sobrepôs aos interesses do município. Apesar de a maioria não dispor de menor condição de se eleger, nenhum pré-candidato a deputado estadual recuou para dar oportunidade aos que estão em melhores situações para chegar a Assembléia Legislativa. A tendência é de que, apesar de ser uma das cidades pólos do Estado, com aproximadamente 50 mil eleitores, Cáceres permanecerá no jejum para eleição de deputado, pela quarta legislatura consecutiva. Nove candidaturas já estão postas, a maioria já oficializada Isso, pelo menos, é o que tem sido demonstrado nas convenções dos partidos, já realizadas no Estado. O PSDB não chegou a um consenso e radicalizou: por falta de um, lançou logo dois candidatos: o vereador Celso Fanaia e Marcinho Lacerda, filho do ex-senador Márcio Lacerda. O PDT confirmou a candidatura do vice-prefeito Wilson Kishi; o mesmo aconteceu com o PMDB que oficializou a candidatura do procurador Bruno Homem de Melo e o PTC que garantiu o registro da candidatura do ex-vereador Francisco Leite da Silva, o Da Silva. Outras candidaturas que serão oficializadas nas próximas convenções, previstas para, ainda nesta semana, são do presidente da Câmara, vereador Leomar Mota (PP) do servidor público federal Jarbas Carvalho (PSB), do comerciante José Bento Bianchini (PV) da delegada de Polícia, Elizabete Garcia dos Reis (PPS). Ameaçado de ter a candidatura inviabilizada, diante da vigência da lei 135/2010, conhecida por “Ficha Limpa”, caso consiga reverter a situação, além dos de fora, o deputado federal Pedro Henry (PP), maior cacique político da região, terá concorrência doméstica para reeleição a Câmara Federal. A convenção do PSDB oficializou a candidatura do produtor “Lelo da Baiazinha” e o PT a candidatura da vereadora professora Lúcia Gonçalves. Além disso, a previsão é de que o PTC homologue a candidatura do ex-repórter da tevê Descalvados Isaias Bezerra. Antes da oficialização das candidaturas os então pré-candidatos Leomar Mota; Celso Fanaia e Wilson Kishi - nomes que reúnem melhores condições de eleger - se comprometeram, através do Jornal Expressão, que abririam mão da candidatura, caso pesquisa de opinião pública, apontasse baixo índice de aceitação em torno dos respectivos nomes. À época os pré-candidatos sinalizaram que estariam dispostos a firmar um compromisso de retirar a candidatura e apoiar quem se destacasse na sondagem popular. A pesquisa, proposta por clubes de serviços, liderada pelo empresário Tato Giraldelli, no entanto, ainda não saiu do papel.