Jornal Oeste

Terra Uma das mais criativas saídas energéticas do país completa dez anos. A energia tirada do caju. Fruto nativo do Brasil, ele é abundante fonte de energia. Mais precisamente, as cascas de sua castanha – o chapéu da fruta que geralmente é descartado. Elas podem ser transformadas em energia térmica na produção de vapor. No Ceará, a Vicunha Têxtil, que produz e comercializa tecidos, fios e filamentos, utiliza cerca de 2,3 mil toneladas de resíduos orgânicos a partir do caju. Segundo o coordenador do projeto Macilon Siebra, a medida gera uma economia de no mínimo 50% em relação ao combustível fóssil que é geralmente usado nesse processo. O combustível orgânico a partir do caju vem alcançando bons resultados no quesito meio ambiente. A técnica emite de 20% a 30% a menos em relação ao recomendado de gases nocivos como o carbônico, óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre. “Essas informações fazem parte de nosso monitoramento periódico que fazemos à Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Ceará”, afirmou Siebra. “Como se trata de combustível alternativo, sem regulamentação formal prévia, temos de fazer essas avaliações constantes para prestar contas ao órgão fiscalizador.”