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24/06/2010 - 00:00

Alegação de tratamento psiquiátrico não convence; juiz nega exame de sanidade mental em Hugolino

Por Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO A Justiça negou a realização de exame de sanidade mental solicitado pela defesa de Hugolino Corbelino Neto, assassino do vendedor de carros Igor Dan, para que ele pudesse responder o processo em liberdade. A alegação de que o homicida passa por tratamento psiquiátrico com um médico especialista em dependência química, por uso de cocaína, não convenceu o Ministério Público, que já havia manifestado contra, tampouco o juiz da 3ª Vara Criminal, Geraldo Fidelis Neto. O juiz diz que não há nenhuma dúvida sobre a higidez mental do acusado. E, que os medicamentos controlados usados por Corbelino são indicados para tratamento de depressão, síndrome de abstinência alcóolica e transtornos de ansiedade, sintomas estes, conforme o juiz, que não implicam na incapacidade de entender o caráter ilícito de seus atos. No mais, acrescenta “o receituário médico não possui qualquer elemento que traga a baila dúvidas sobre a capacidade mental do acusado ou ainda, ao avançado estado de dependente químico, razão pela qual, não deve ser usado para lastrear a decisão de deferimento do pedido” Soma-se a esses argumentos, segundo o juiz, as provas constantes da fase administrativa, onde várias pessoas conhecidas de Hugolino foram inquiridas e, não há, segundo ele, relatos de que o réu estivesse passando por tratamento para a cura da dependência química, mas apenas que estava bêbado na noite dos fatos, motivo este que não conduz a dúvida da higidez mental do denunciado O advogado de Hugolino, Anderson Nunes de Figueiredo, irmão do juiz Alex de Figueiredo, havia entrado com pedido de realização do exame no início do mês. A defesa alegou que o acusado passa por tratamento psiquiátrico, por uso abusivo e constante de entorpecente. Chegou, inclusive, a juntar no processo alguns receituários medicos. Porém, as alegações não foram suficientes para convencer o juiz. Antes o Ministério Público já havia se manifestado contra: “Eu não vejo nenhum indício de insanidade.Entendo que , ao assassinar a vítima ele agiu em plenas faculdades mentais” enfatizou a promotora Januária Bulhões. A princípio o pedido foi enviado para o juiz Criminal e da Vara de Execuções Penais, Alex Nunes de Figueiredo. Por ser irmão do advogado Anderson, o juiz declarou seu empedimento para atuar no processo, remetendo-o ao juiz Geraldo Fidelis, seu substituto legal. O crime que abalou a opinião pública aconteceu na madrugada do dia 8 de maio nas dependências do Posto Guará, no centro da cidade. Conforme a polícia Hugolino se desentendeu com Igor Dan por ele ter saído em defesa de um andarilho que havia sido espancado por pedir dinheiro para comprar comida. Após executar Dan com três tiros disparado a “queima roupa” Hugolino teria empreendido fuga em companhia de dois comparsas. Segundo a polícia, ao ser abordado por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ele teria trocado tiros com os patrulheiros. Hugolino Corbelino, permanece recolhido na cadeia pública do município.
 
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