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24/10/2014 - 11:33

Corrupção, construção e “desconstrução”...

            Ao final da renhida campanha eleitoral, o país resta impactado pela onda de pessimismo lançada pelos candidatos e partidos no trabalho de “desconstrução” do adversário. É um residual muito pesado a um povo como o nosso, tradicionalmente alegre e esperançoso, acostumado a fazer piada com os próprios problemas como forma mais fácil de carregá-los. Aquele que vencer essas eleições, além de compromisso de trabalhar com afinco e seriedade pela solução dos problemas nacionais, terá ainda o dever de restaurar o “moral” da população, devolvendo-lhe o otimismo e a esperança ora arranhados pelas estratégias de embate eleitoral.
 
            É preciso que toda a podridão exposta nos programas eleitorais e na mídia, como forma de descontrução, receba a devida apuração das polícias, da promotoria pública e da justiça e que cada caso, especialmente os de corrupção, tenha uma conclusão. Ao final de cada apuração, aqueles que agiram errada ou criminosamente precisam ser responsabilizados e compelidos a devolver o que roubaram e a fazer outras reparações. Os que porventura tenham sido acusados injustamente, devem ter o direito à reparação e a promover a punição dos falsos acusadores. O mar de lama precisa ter uma conclusão, pois se assim não for, seus efeitos negativos sobrarão para toda a sociedade e a conta mais uma vez será paga com o dinheiro do povo.
 
            O governante que sair das urnas desse domingo (26) terá o dever de bem gerir o pais, evitar a volta da inflação, aquecer a economia, garantir o emprego, promover a educação e a saúde da população e criar um ambiente favorável para os 200 milhões de brasileiros viverem, produzirem e serem felizes. Nestes instantes finais da campanha, ainda não é tarde lembrar ao eleitor a importância do seu voto e que será melhor para o Brasil decidir em qual dos concorrentes votar tendo por base suas propostas de trabalho e jamais o mal e as denúncias apresentadas dentro da briga eleitoral. O país precisa ser decidido positivamente sobre o bem e o progresso, nunca com base na negativa podridão e nos maus exemplos.
 
            Além das necessidades normais do dia-a-dia, o Brasil democrático de que tanto se orgulha, precisa, urgentemente, de uma ampla reforma política que melhore os partidos, motive o eleitor e garanta que, no futuro, possamos votar com a certeza de estarmos fazendo o melhor. É preciso acabar com as negociatas, os loteamentos de cargos e as baixarias. Chega de votar no “menos pior”...  Imprimir