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22/10/2014 - 14:03

Transporte público ou privado

                 Vejam a realidade do Transporte Público, que de público é só o nome, mas quem paga é o povo, que paga muito caro pelo que recebe do Transporte Privado, é só tomar por base o que se vê em Cuiabá e Várzea Grande: 

1 – Terminais - que mais parecem galpões abandonados, com banheiros insalubres, sem asseio e fedorentos. Um lugar sem acomodações e quando chove o que se vê são goteiras por todos os lados;

2 – Pontos de ônibus, que na verdade são compostos de pequenas coberturas e um banquinho duro de concreto que só cabe 05 pessoas sem conforte nenhum e o restante ficam em pé sem a devida proteção do sol ou da chuva;

3 – Números de ônibus disponíveis são infinitamente menores do que a necessidade dos usuários, o que impõe a povo:- situação humilhante ao serem transportados sem dignidade e sem um mínimo respeito ao ser humano; - pessoas amontoadas em pé, sem acento e sem segurança, pois não pode usar o cinto de segurança; imaginem se “os amarelinhos” fossem aplicar multas aos ônibus que transportam pessoas sem usar cinto nos ônibus, seria todos multados e os motoristas teriam o maior número de infração nas suas CNH’s, e por que esses agentes de trânsito não usam esse poder?

        Talvez porque recebam “orienta superior” para entender que o povo é que está errado e não as empresas. 

         A solução para os políticos administradores,  quando sofrem  uma pressão logo pensam em criar novoss impostos, e esquecem o povo já carrega uma enorme carga tributária. Mas as cabeças de Brasília, vê nos bolsos dos contribuintes a única solução:   

  1 - Que se institua a CIDE (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico) para subsidiar o transporte público. Ou seja, quem tem automóvel e abastece o veículo com álcool ou gasolina, passaria a subsidiar com recursos extras o transporte coletivo;

2 - Implantar o “Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo”. Que na prática, com aprovação desse Projeto de Lei, tornaria possível a desoneração de todos os impostos em cascata que incidem sobre o transporte público, que ao final iram para os “caixas das empresas”. 
     
Ao invés de criar mais impostos com sentido de engordar caixas e manter esse modelo de transporte através dos ônibus caindo pedaços, já ultrapassado e questionado pelo povo, os políticos dirigentes deveriam buscar  recursos da União para implantação de Metro’s ou VLT’s ligando os pontos finais da cidade de norte a sul e de leste a oeste, e tendo como sistema de interligação dos bairros a implantação do sistema BRT.
     
Os Conselhos Municipais de Usuários do Transporte Público, deveriam ser compostos de representantes atuantes e capacitados para fiscalizar as receitas e despesas das empresas que detém a concessão do transporte público; que saibam analisar as planilhas de custo e margem de lucro das empresas.  

As Prefeituras deveriam contratar através de licitação, uma empresa a nível nacional com notório saber em análise Contábil e Financeira, e com conhecimento  para análise dos Balanços e Balancetes e principalmente com poder de auditar as Planilhas de Custos, que dariam as ferramentas necessárias para o entendimento de todo esse complexo mundo de dados econômico e financeiro das empresas de transporte público, dando ao Prefeito o poder de decisão, aos Vereadores o poder de votação e aos representantes de diversos setores da sociedade que poderão compor o Conselho Municipal dos Usuários a certeza que o povo não esta sendo roubado. Com isso explodiria a Caixa Preta que tornou o obscuro e complexo mundo dos números do Transporte Público no Brasil e a passagem passariam a ter um preço justo.

              Na verdade o Transporte para ser público, deveria ser subsidiado, o povo entraria com a metade e o poder público com outra metade, mas na realidade é só o povo é quem paga, e o poder público finge que não tem poder e pensam que os impostos arrecadados não são do povo, por isso, é que vemos o transporte dos trabalhadores sendo feito de forma animalesca, onde o usuário segue para o trabalho amontoado e sem segurança nenhuma, pois alguém já usou cinto de segurança em pés?

            E assim de eleição em eleição o usuário do transporte público ou privado, vão sendo  enganados, até  perceber que na democracia o verdadeiro poder emana do povo e não do político de plantão. Imprimir