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03/09/2015 - 11:35

A escola atrativa ao aluno

            O programa piloto lançado pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, de avisar os pais ou responsáveis do aluno quando suas faltas chegarem a 10% (e não mais a 20% como anteriormente)  pode representar um grande avanço. Principalmente porque a nova determinação é de que, constatadas as ausências, a obrigação de comunicação é do diretor ou do coordenador pedagógico. Dessa forma, a escola, além de cuidar de sua tarefa de transmitir conhecimento, estará chamando os pais à responsabilidade, nem sempre por eles observada, de manter o controle dos filhos e deles exigir a freqüência e o aproveitamento escolar.

            Medidas como essa se contrapõem ao clima ruim que se estabeleceu, de professores reclamando da remuneração e alunos cada dia mais incontroláveis e violentos. A idéia de eficiência é grande, principalmente, porque além da obrigação de comunicação de faltas também haverá uma força-tarefa que correrá às escolas com problemas para apoiar tanto professores quanto alunos no retorno à normalidade do ensino.

            Muito se critica a qualidade de ensino oferecida pela escola pública. Compara-se diferentes épocas e procura-se encontrar o ponto de ruptura que levou o sistema à crise. Pensando bem, não deve ter sido apenas um motivo, mas inúmeros, aos quais se pode incluir até a globalização e a mudança de hábitos que promoveu desequilíbrios. Já se tentou tudo, inclusive a repressão aos pais que não mandam seus filhos à escola, mas a falta de continuidade não leva a resultados amplos. 

            Paralelamente às medidas de contenção da evasão e ao envolvimento dos pais é necessário uma atividade fundamental. Tornar a escola atrativa e convencer o aluno da necessidade de frequentá-la regularmente para, no futuro, ter mais facilidade para encontrar seu lugar no mercado de trabalho e na sociedade. Sem o entrosamento entre os profissionais da escola e a família do aluno, a tarefa de convencê-lo a comparecer regularmente às aulas torna-se difícil. Principalmente se o próprio aluno não estiver ciente de que aquele é o melhor caminho à sua disposição para a construção de um futuro melhor em sua vida... . Imprimir