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24/08/2015 - 08:43

Sujeitos da corrupção? Quantos são?

      Brasil das mazelas. Eles por eles. Elas por elas. Brasil em sentinelas. Vós por nós. Tampas das mesmas panelas. Rampas das mesmas querelas. Trancas e tramelas. Casas arrombadas. Verbas desviadas. Milhões e milionários. Esquemas e erários. Servidores públicos e empresários. Delações, delatados e delatores. Circo dos horrores. Clamores da população. Senhoras e senhores. Sujeito composto da corrupção.
     
 Brasil das crateras políticas em erupção. Povo, governo e legislação. Judiciário, Executivo e Constituição. Direito, dever e obrigação. Nomes aos bois sem nenhuma marcação. Cavalo dado de eleição em eleição. Apuração da verdade. Caminhos da desonestidade. Desvios em investigação. Frutos dos malfeitores. Pilhagem de uma Nação. Engrenagem com mais de uma articulação. Imagens noticiadas em mais de um veículo de comunicação.

      Moeda em cunho real. Assistência em nada social. Contratos fraudulentos aquém da Capital federal. Lastro institucional remendado em colagem. Nó de marinheiro desembarcado em primeira viagem. Velas ao mar. Braços da lei. Territórios sem rei. Terras sem súditos submissos aos saques de uma mesma pirataria. Procurador e Procuradoria. Convés da cidadania. Porão da democracia. Luz do dia. Calada da noite. Calotes e caloteiros. Filhotes de lobos mateiros. Peles de cordeiros. Raposas banidas dos galinheiros.
      
Antes disso, o povo brasileiro em picadas com o mesmo fim. Depois disso, o povo brasileiro em contos sem Aladim. Enquanto isso, o povo brasileiro em jardim nada infantil. Bico em nada calado. Mais de um paciente desenganado. O povo brasileiro mais uma vez foi pilhado. Mas que povo é esse em nada representado?
      
Respondemos em verso publicado: O povo brasileiro mais do que eleitor da pátria mãe gentil. O povo brasileiro ainda não remediado e em febre ardil. O povo brasileiro militar. O povo brasileiro civil. O povo brasileiro privado do direito cidadão. O povo brasileiro do litoral. O povo brasileiro do sertão. O povo brasileiro sem saúde. O povo brasileiro sem educação. O povo brasileiro sem terra. O povo brasileiro sem casa. O povo brasileiro sem trabalho. O povo brasileiro sem renda. O povo brasileiro sem rendimento. O povo brasileiro no politizado esquecimento. O povo brasileiro sem segurança. O povo brasileiro sem governança. O povo brasileiro privado da bonança. O povo brasileiro tributado em cobrança.

      E, se hoje além de um alojado num parlamento desencontrado prospera o sujeito composto da mesma corrupção? Mais do que a água, falta o sabão. Mais do que a farsa, implica os farsantes em mais de uma apuração. Mais do que um lava jato, um banho de imersão moral. Mais do que um lago morada do mesmo pato, um delta em vazão constitucional. Mais do que um mato com cachorro perdigueiro, um fato que no Brasil já se tornou corriqueiro em mais de uma cidade, em mais de uma capital. Ponto não finalizado.

      Giz apagado. Brasil soletrado em União. Brasil lesado de oração em oração. Oração coordenada. Oração subordinada. Oração escrita. Oração ensinada. Oração esquecida. Oração relembrada. Oração decorada.


Oração revisada. Oração correta. Oração errada. Oração verdadeira. Oração falsificada. Oração pessoal.

Oração coletiva. Oração colegiada. Oração original. Oração em mais de um tempo verbal. Oração gramatical derivada. Oração corrupção banida. Oração em mais de uma operação policial desencadeada. De prisão em prisão efetuada. De improbidade em improbidade constatada. De devolução em devolução aos cofres públicos da pátria amada.

      Quem sabe um dia o Brasil se torne livre por definitivo dos costumeiros sujeitos, até então ocultos, em mais de uma delação premiada. Por ora, e, de edição em edição continuarão publicados os pontos digitalizados em mais de uma interrogação. Ativos ou passivos? Simples ou composto? Laranja ou limão? Sujeitos da corrupção? Quantos são? Imprimir