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28/04/2015 - 09:04

A busca de emprego no exterior

           Apesar de sermos um país industrializado, com comércio e agricultura fortes, voltamos a observar a formação da corrente migratória de brasileiros em busca de oportunidade de trabalho no exterior, especialmente na Europa e no Japão. Já fomos considerados, pelo estudo do Banco Mundial, a sexta economia do mundo, no ano passado nos tornamos a sétima posição e ainda não se tem notícia do ranking de 2015. As notícias econômicas são desfavoráveis, a começar pelo número de demissões em diferentes setores, greves, tentativas de ajuste anunciadas pelo governo e da instabilidade política.

            O empresariado nacional reclama medidas modernizadoras da economia e se aproveita da fragilidade do governo para fazer passar pelo Congresso Nacional coisas de seu interesse como, por exemplo, a ampliação da terceirização na mão-de-obra. O governo, sem sustentação política e atropelado pelos escândalos de corrupção, onde o dinheiro público foi utilizado para comprar e sustentar o apoio de sua base aliada, atira para todos os lados em busca de equilíbrio. O debate e as reivindicações tornam-se ácidos. Metalúrgicos fazem greve pela preservação do emprego, caminhoneiros bloqueiam estradas por uma tabela míniima a seus fretes, sindicatos não atrelados ao governo prometem greve geral se forem aprovadas as alterações no seguro-desemprego e na pensão por morte. Isso sem falar do movimento pelo impeachment da presidente.

            Somos um grande país e temos uma economia desenvolvida graças aos investimentos governamentais e privados de muitas décadas. É preciso buscar com todo empenho a fluidez do conjunto produtivo para que sua produção seja capaz de oferecer os empregos e a renda que a população necessita em seus diferentes níveis. Não somos uma republiqueta de bananas, mas estamos vivendo como tal. Até por uma questão de sobrevivência, todas as forças desse país deveria se unir e buscar sinceramente as saídas para o momento difícil. Não podemos concordar com a idéia pessimista de que as “saídas” do Brasil sejam os aeroportos que levam ao exterior, hoje procurado pelos trabalhadores. Também não se pode buscar o equilíbrio pensando única e exclusivamente nas próximas eleições. O Brasil precisa de mais empenho, sinceridade e desprendimento... Imprimir