Um pescador da Boca do Pari, foi contratado por um político famoso para ser piloto do seu Barco, e como não era época de eleição, o político tornou-se arrogante, prepotente, sabichão e começou a humilhar o barqueiro, demonstrando sua sabedoria diante da ignorância escolar do mesmo, e debochava perguntando sobre filosofia e sociologia, procurando mostrar sua sabedoria ao barqueiro.
O político perguntava:
Você sabe o que é filosofia?
O que é sociologia?
- ‘Não’ – respondeu o barqueiro.
– Mas, conheço o que a natureza me ensinou para desempenhar bem o meu trabalho e conhecer os “rebojos” e as melhores travessias do rio e da vida – disse o barqueiro.
Como o político não estava precisando de votos naquele momento, tentava humilhar o barqueiro da Boca do Pari a todo instante:
- “você é meio homem e meio burro, e só viveu e não estudou, por isso perdeu metade de sua vida”!
Mas no meio do rio, o barco bateu numa pedra, e virou.
O barqueiro nadava tranquilamente para uma das margens, quando viu o político se afogando.
- Socorro!
- ‘Não sei nadar’ - socorro!
Gritava desesperado o político.
Já quase morrendo afogado, o político disse ao barqueiro:
- momentos atrás eu havia lhe dito que você perdeu metade de sua vida por não conhecer filosofia e sociologia e não ter estudado, e agora perco a minha vida inteira por não saber as coisas tão simples como nadar, conhecer as correntezas e os rebojos da Boca do Pari!
A verdadeira sabedoria não se mede pelas pilhas de diplomas. Sem a aplicabilidade dos conhecimentos na vida prática, os esforços intelectuais serão apenas títulos “dependurados na parede”, mas não serve para mensurar se uma pessoa seja melhor do que a outra, o que existem são conhecimentos diferentes e que se complementam uns aos outros.
Imagina uma pessoa largar praticamente de todos os seus afazeres, e se dispor a ser candidato malvado, dissimulado, prepotente e arrogante.
E em busca da evolução patrimonial se dispõe a colocar sua vida exposta a todos, deixar sua história de vida ser às vezes maculada pela maldade que o próprio jogo político impõe.
Ser candidato é correr riscos e os políticos entender que o milagre da vida é deixar que o inesperado aconteça nessas coisas do mundo político que está infestado seres sem ética e com reputação duvidosa, mas que em época de eleição essas figuras aparecem em nossos caminhos.
O verdadeiro político é um ser dotado de liderança e que tem o dom de responsabilizar pelos mais fracos, sabe incorporar o sofrimento daqueles que “não tem com que contar” como se fosse parte da sua própria vida e por fim, sabe sentir-se realizado com a satisfação dos outros.
A maior herança que um homem pode receber é a sua formação intelectual, mas se não souber aproveitá-la, tenha certeza que desperdiçou sua passagem pela vida. Deus nos lembra das nossas missões até ao nos conceder filhos, pois junto com eles, vem à responsabilidade de formá-los e encaminha-los para um futuro melhor.
Agora, imaginem um político que tenha recebido mais de 1.000.000 de votos, é muita responsabilidade em cuidar de pessoas e dos problemas conjunturais.
