As fábricas de grandes líderes fecharam as suas portas e hoje vemos políticos correndo atrás dos seus negócios ou dos interesses dos seus grupos econômicos, compostos de empresários que investiram em seus representantes; ou investiram no seu próprio desejo de ser um político.
Nesse mundo político desvairado pelo poder pessoal, faz com encontremos alguns líderes de si mesmo e dos seus interesses, e estes, são facilmente encontrados habitando nas Câmaras; nas Assembleias e no Congresso Nacional, e entre eles, vemos grupos de políticos lutando para triplicar a vergonhosa “verba Indenizatória”, e por outro lado, vemos milhares de trabalhadores, vivendo no limite dos seus minguados salários, que terminam antes mesmo do mês acabar.
Vemos alguns políticos, com seus planos de saúde mega/super, seguindo para os grandes hospitais do país, enquanto o povo fica na fila da saúde pública, urrando de dores na porta da humilhação e das filas reguladoras, aguardando uma vaga para não morrer afogado no seco, por falta de aparelhos respiratórios e medicamentos das UTIs. Se os políticos tivessem o mesmo tratamento que os trabalhadores recebem deste país, não haveria essa irresponsabilidade com a saúde pública, quantos amigos e colegas nossos morreram por falta de atendimento.
Os trabalhadores continuam sendo humilhados com o transporte público de péssima qualidade, com ônibus superlotados e quebrando pelo caminho, com equipamentos internos quebrados e que rasga as roupas, e quantos tem necessidade desse meio de transporte público e tendo ainda que esperar nos pontos de ônibus, que não protegem o “usuário” nem do sol e nem da chuva, e enquanto isso, vemos políticos querendo saber se o povo quer BRT ou VLT. O certo seria dar um choque de realidade nesses políticos e convidar as Vossas Excelências para ir para a Assembleia, transportados por ônibus durante 30 dias, só aí talvez o político insensível, entenderia o que seria melhor para o trabalhador, que paga uma passagem caríssima em comparação ao conforto que não recebe em seu deslocamento ao trabalho.
Hoje as pessoas perderam a capacidade de indignar-se, passam indiferentes as coisas mais chocantes e escandalosas, hoje corrupção e desvio conduta viraram “coisa mal feita”, mudaram a tipificação do crime para ser aceito ou não provocar choque na sociedade. Mas, a vida é uma eterna prova de escolha dos políticos que nos irão representar. Agora chegou a hora de politicar, e são os eleitores que vão aplicar as provas e os testes nos políticos, são testes sobre os valores morais e éticos.
Ser verdadeiramente político, é liderar ações e saber que ao final, com a sua liderança, elas foram vencedora e que o resultado da sua luta, trará expectativa de vida com qualidade os seus eleitores, e que o resultado trará luz para as pessoas. A satisfação do politico verdadeiro, é sentir a alegria de uma vitória, ou uma causa que estava quase perdida e que agora trará o bem estar a milhares ou milhões de pessoas, ser político é acima de tudo, ter certeza que através de suas ações trarão a proteção para as pessoas fracas e que não têm com quem contar, ou que através do seu voto ao constituir uma nova lei, esta que sempre fez parte das lutas do povo, e que ao ser promulgadas, reverterá as injustiças que prejudicou grande camada da população.
O verdadeiro político é aquele que recebeu o dom divino, e que tem o sentido comunitário, e que está sempre em busca da satisfação popular e do prezar do bem servir. O político na sua essência é um servidor público, pois recebe salário advindo das receitas dos impostos, e tem que saber que seu poder é transitório, e que emana do povo e para o povo, mas muitos políticos não entendem assim, acham que são donos dos seus mandatos, e trocam de partidos e não respeitam a origem dos seus votos, fazem acordos e conchavos sem consultar ninguém.
A voz que clama contra o que está errado, é sempre ouvida por Deus, se os nossos companheiros de vida, passageiros deste tempo, não tem força para reclamar, protestar ou lutar, por isso, elege um politico para representá-lo, mas muitas vezes são esquecidos após as eleições.
O político na sua essência é um líder natural, a sua responsabilidade existencial é muito grande, e por receber esse dom divino, o líder político nunca poderá transgredir a verdade, a honestidade e sentido comunitário, pois terá que prestar contas a Deus.