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24/04/2020 - 15:27

Pôncio Pilatos?

Em uma breve análise se pode calcular através das falas do ex Ministro da Justiça, Sérgio Moro, sua estategia oportunista. Enquanto os manipuláveis já o coloca em um grande pedestal, sugerindo até sua candidatura futura à presidência, há uma leitura subversiva sobre o acontecido nesta sexta-feira.

Trechos da fala de Moro apontam que o presidente o falou MAIS DE UMA VEZ sobre o desejo de possuir um “contato” dentro da Polícia Federal que pudesse cedê-lo informações privilegiada. Disse o ex Ministro, em tom revoltoso, que lhe foi dada “carta branca” para escolhas posteriores dentro do Ministério, as quais foram barradas pelo usufruto do Presidente do seu cargo. Esta última que remonta ao Poder moderador, forma popular de controle absoluto dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) pelo Imperador, estratégia estritamente antidemocrática.

Perante estes fatos apresentados pelo próprio “acusador” observa-se duas situações: primeira; se um ato considerado negligente e corrupto como o de intervir politicamente nas decisões judiciárias pode ser mencionado MAIS DE UMA VEZ ao ministro da justiça em atividade e ser ignorado até que, magicamente, o próprio decida expô-lo e se opor a tal ideia? Segunda; por que somente após a demissão de seu braço direito e obviamente uma suspensão forçada e pública da sua autoridade que Moro decidiu tomar uma posição perante as falcatruas que acobertava ou que mantinha a postura de Poncio Pilatos?

O desfecho dessa trama acredito que seja bem interpretavel, de qualquer forma deixo o espaço para reflexão partindo de uma icônica frase de Nicolau Maquiavel, “O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.”
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