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21/01/2018 - 07:53 | Atualizado em 21/01/2018 - 07:58

Tá, festa, mas e a saúde ?

Essa que vos escreve não gosta de falar sobre assuntos meio delicados. Política é um desses assuntos.

Uso esse espaço para alegria e para algumas reflexões, mas hoje não me segurei...vamos aos fatos!

Estava eu pirilampa em casa e recebo a programação da ExpoCáceres que será realizada em agosto. Para quem não sabe a Exposição é uma tradicional festa no calendário da cidade e desde sempre, foi um momento muito esperado! Festa, comidas e shows incríveis.

Esse ano teremos Anitta, Wesley Safadão e Aviões (que era do forró e não é mais), como algumas das atrações principais. Quem trabalha com comunicação, como eu, sabe que os valores dos cachês dessa turma variam entre uma casa ou duas. Partimos de R$150 mil até R$600 mil por artista. Seria tranquilo pagar por isso se a saúde da nossa cidade não estivesse afundada.

Nem preciso ver notícias para saber do caos em que nos encontramos. Eu mesma espero por uma cirurgia pelo SUS, que torço fazer brevemente.

Lá no Hospital Regional um médico me confidenciou que não há nem luvas para os profissionais trabalharem.

Vocês têm ideia de quantas luvas, equipamentos e salários atrasados esses cachês dos artistas poderiam pagar? O “pão e circo” está tão absurdamente na cara, que se eu fosse um dos envolvidos para a realização dessa festa, não teria coragem nem de aparecer em público.
 
Temos representantes no governo que são da nossa cidade. Eles sabem sobre o caos. Um deles, suplente, vejo trabalhar e tentar melhorar algumas coisas pra nossa cidade. O outro, eleito, faz a linha Kátia Cega para saúde. É parte da verba que ele possui para fazer suas demandas que será empregada para pagar esses shows.
 
Antes da diversão, a população precisa ser cuidada. Como escrevi anteriormente nessa coluna, quem tem um cargo que se responsabiliza pelos cidadãos, precisa ter AMOR por eles, e cuidar da saúde da sua gente é mostrar esse amor.
 
Se no meio desses shows alguém se machucar ou passar mal, vai ser atendido onde?
 
“Vamos deixar a população morrer feliz.”
 
Vai malandra! Vai safadão! Imprimir