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04/09/2017 - 10:32

Cano

Acabei de dar o cano num rapaz do Tinder.

Até aí, nada demais, afinal de contas o aplicativo é pra isso mesmo...vc cana e descana alguém. Mas o que eu quero falar aqui é sobre ser broxante.

Vamos dizer que o nome do cidadão é João.

Rolou o match com o João e trocamos whats. Massa, né? 
O rumo natural das coisas.

Começamos a conversar. 
Bem...eu comecei a conversar.

João não sabe se comunicar. 

Mandou fotos.

Gostoso nível 9,75. 
Daqueles que a gente fala 'gostoso' com todos os 'Os'. 

Deu aquele arrepio na nuca, na espinha, no estômago, e bem...na pélvis, nem se fala. Daqueles que a gente, quando se é bem resolvida, saliva. 

Mandei as fotos dele pras amigas pros amigos, pra minha família, pros vizinhos, até mostrei pro Banzé, afinal eu queria ostentar a ostentação do moço. Tava de parabéns!

Aí mandou mais fotos e uma palavra escrita com K. 

Kero.

Várias palavras escritas com K, que não dá pra reproduzir na página de um jornal.

E tinha cedilha no lugar dos "esses".
Escreveu "voçê"...

Percebi que ele definitivamente não sabia o que era uma cedilha.

Mandou um áudio. 

Falou algumas coisas e de repente, ele disse: "pobrema"!

Você que é meu amiguinho e amiguinha, sabe que, pra mim, esse 'pobrema' é um problema. 

Mas...temos outro porém.

É bacana o fato de ficar com um desconhecido. Claro que é. Perigo, medão, etc...Você encontra, faz o que tem que fazer e tchau.

Mas aí eu fiquei velha. Velha não. 

Seletiva.

Nada me impede de ficar com um desconhecido. Nada.


A não ser o "pobrema"! Imprimir