Até aí, nada demais, afinal de contas o aplicativo é pra isso mesmo...vc cana e descana alguém. Mas o que eu quero falar aqui é sobre ser broxante.
Vamos dizer que o nome do cidadão é João.
Rolou o match com o João e trocamos whats. Massa, né? O rumo natural das coisas.
Começamos a conversar. Bem...eu comecei a conversar.
João não sabe se comunicar.
Mandou fotos.
Gostoso nível 9,75. Daqueles que a gente fala 'gostoso' com todos os 'Os'.
Deu aquele arrepio na nuca, na espinha, no estômago, e bem...na pélvis, nem se fala. Daqueles que a gente, quando se é bem resolvida, saliva.
Mandei as fotos dele pras amigas pros amigos, pra minha família, pros vizinhos, até mostrei pro Banzé, afinal eu queria ostentar a ostentação do moço. Tava de parabéns!
Aí mandou mais fotos e uma palavra escrita com K.
Kero.
Várias palavras escritas com K, que não dá pra reproduzir na página de um jornal.
E tinha cedilha no lugar dos "esses". Escreveu "voçê"...
Percebi que ele definitivamente não sabia o que era uma cedilha.
Mandou um áudio.
Falou algumas coisas e de repente, ele disse: "pobrema"!
Você que é meu amiguinho e amiguinha, sabe que, pra mim, esse 'pobrema' é um problema.
Mas...temos outro porém.
É bacana o fato de ficar com um desconhecido. Claro que é. Perigo, medão, etc...Você encontra, faz o que tem que fazer e tchau.
Mas aí eu fiquei velha. Velha não.
Seletiva.
Nada me impede de ficar com um desconhecido. Nada.