Imprimir

Imprimir Artigo

07/10/2014 - 16:51

​Cáceres 236 encantos

Cáceres...
Deitada no leito caudaloso do Rio Paraguai
Banhada na prata da lua que a visita
Tingida com luzes dos céus
Acorda no calor do sol,
Que alinha seus dias.
Caminha descalça nas ruas meninas,
Adentra sem bater nos portais dos casarões.
Abrem-se janelas nas calçadas.
Descalça,
Lambuzada de mangas maduras,
Pedala pelas frondosas figueiras,
Figuras que adornam retinas.
Mergulha na piraputanga corrente,
Cachoeira que leva o sotaque.
Facão que corta o passado,
Amolado nas esteiras dos campos.
Capins deitados nas sombras,
Esplendor nos olhos fitados,
Divina magia de séculos.
Beleza que não se acaba.
Rios, lagoas e córregos,
Carregam o doce da água,
Furrundú que lambuza a poesia,
Adoça meninas na praça.
Divina Catedral de São Luiz,
Carregam imagens de santos.
Tocam sinos senhoras do apostolado
Orando pelas manhãs douradas.
A noite uma bela flor se acende,
Perfumando o cais que enamora,
Degraus que avistam estrelas.
Cáceres,
Princesa menina,
Rainha mulher,
236 encantos nos cantos de luz,
Transcende o amor e paixão.
Harmonia de pessoas simples,
Hospitaleiro linguajar.
Fauna e flora cativantes,
Fartura que se apresenta,
Nas telas que habitam o nosso olhar.
Memórias vivas,
Já declamadas por Natalino Ferreira Mendes,
Que respirava e contava Cáceres,
Nas sombras da cavalhada... Imprimir