Artigos / Wilson Fuá

26/04/2017 - 10:08

​A ditadura do preconceito

          A ditadura do preconceito desponta  em todas as classes sociais  e lugares, dai a razão de percebermos  a todo instante em  nosso convívio, atitudes de desrespeito e desconsideração  que constituem uma das mais drásticas e destrutivas  mazelas  nas relações  da humanidade.

       Julgar alguém  simplesmente pela aparência,  engessa a inteligência e faz gerar toda sorte de discriminação e descontrole. Desta forma, nesse jogo “segregador”  de separação e escolhas  de pessoas ou de grupos sociais, fatalmente podemos provocar  infelicidades às  pessoas, desencadeando lágrimas secas e invisíveis,  e em consequência cultuarmos  injustiças , ou até distorção de  contextos, fomentando e  violando  direitos humanos.

          Portanto, enquanto vivermos pensando apenas no supérfluo, na vaidade do poder transitório e da acumulação de bens,  classificando  pessoas pela ótica dos interesses, com certeza o tédio, a angustia  serão nossos parceiros mais  íntimos e contínuos nos momentos de reflexões.

         A espiritualização do ser nos emprestará  sempre recursos para que possamos aceitar e entender os nossos limites, a aceitar o outro com os seus acertos e desacertos,  valorizando cada  fato com a singeleza e beleza perceptível apenas nas mínimas coisas que nos acontecem e que verdadeiramente nos tornarão melhores a cada amanhecer e dia após dia passamos a entender as pessoas com as suas desigualdades presentes.

         Ao passarmos a ver os outros sem prejulgamento e sem recusas antecipadas, nos permitirá  perceber a existência sobre outro prisma, diferente daquele que costumeiramente  o tínhamos, possibilitando-nos a certeza de que estamos em permanente construção e crescimento, que perfeição não existe, por isso,  é que a tolerância para com os que nos cercam, nunca poderá estar no limite da rejeição, pois todos nós estamos em fase de  reconstrução sempre a cada erro ou a cada deslize, e se ainda estamos por aqui, é por que ainda temos muito a fazer, e mesmo depois da partida, tenha a certeza que a nossa vida será uma forma de lições para quem fica. 

          A nossa passagem por esta vida é muito rápida, mas o suficiente longa para cometermos erros irreparáveis, julgando muitas vezes com extremo rigor e pouca tolerância, assumindo atitudes individualistas, que por vezes são  dispensáveis, simuladas e até agressivas ao círculo em que vivemos.            
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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