Jornal Oeste

                Depois de um período de 45 dias de campanha, estamos chegando ao dia da votação em prefeitos e vereadores. Neste domingo renovam-se os governos dos 5.670 municípios brasileiros. São 16.567 candidatos a prefeito e 463.376 a vereador, todos pedindo nossos votos.

Ainda neste sábado, pelas regras da Justiça Eleitoral, veremos os candidatos e seus cabos eleitorais circulando pelas ruas ou batendo à porta de nossas casas, para desfilar as propostas de trabalho para o caso de serem eleitos. Esse é um momento importante, o único em que o cidadão comum pode interferir nos destinos de sua comunidade. Se escolher bem entre os que se propõem a exercer os cargos, poderá ver sua cidade bem administrada e progredindo e, se fizer o contrário, nova oportunidade só dentro de quatro anos.

                Tivemos, nos últimos meses, o doloroso processo de afastar uma presidente que não ia bem e, por razões políticas, ainda busca passar-se por vítima. Muitas cidades e alguns estados, ao longo dos anos, também viveram o trauma de afastar seus governantes que perderam as condições de governar. Os processos foram tão traumáticos quanto ao afastamento da presidente, embora num universo menor. As populações desses lugares sofreram problemas parecidos com os vividos hoje por todos os brasileiros, com a diferença de estarem vendo as desavenças acontecerem ali, sob seus olhos, não em Brasília como atualmente.

                Prefeito e vereador são os únicos ocupantes de cargos eletivos que exercem seus mandatos junto com o povo. Diferente de presidente, governador, senador e deputado, que vão trabalhar nas capitais, o prefeito e o vereador é obrigado a morar no município onde foi eleito e a conviver com o povo que o elegeu. Isso torna mais fácil a tarefa do eleitor conhecê-los e saber o que cada um deles pretende realizar na Prefeitura e na Câmara Municipal.

                A votação vai acontecer das 8 às 17 horas deste domingo. Até lá, cada munícipe tem tempo para, na minuciosa leitura dos jornais, no exame de impressos de campanha e na conversa com familiares, colegas de trabalho ou estudos, ou com amigos, chegar com convicção à conclusão de quem melhor poderá representá-lo.

Com esse procedimento será mais difícil errar na escolha. Outro ponto que poderá ajudar é verificar como se saíram os candidatos que já ocuparam cargos públicos e buscam nova eleição. Se no passado eles cumpriram suas obrigações, já é um bom sinal. Mas, para que tudo saia exatamente com o planejado, o melhor será interessar-se e acompanhar a atuação daqueles que forem eleitos para, na medida do possível, manifestar satisfação ou insatisfação no decorrer dos quatro anos do mandato e, as próximas eleições municipais, chegar às urnas com mais conhecimento e melhores credenciais para fazer a boa escolha. A eleição é o grande momento – o único – em que o povo pode fazer a diferença...