Artigos / Wilson Fuá

26/09/2016 - 08:00

Ver a vida pelos olhos dos políticos

         Avaliando os programas eleitorais, já sabemos o que nos espera, apesar das evidências, o povo adotará uma alta dose de sensação de felicidade abastecida pela “mágica das eleições”.

        E, como que  meio “idiotizado” pelo poder do marketing político que massifica as inverdades pelas sequências das repetições de falsas possibilidades de realizações públicas, e toda essa grande festa da democracia, contagiará o povo, e este será levado a  acreditar em propostas de um mundo melhor e como fórmula mágica alimenta a expectativa ao viajar através do seu voto, acreditando nas conquistas possíveis e impossíveis, e os dias sofridos por um momento ficará para traz e  aquele poder de consciência desaparecerá, pois onde tudo aquilo que parece pouco, os candidatos tem em suas proposta, o poder de transforma-los “o pouco em muito”, e o povo ficará vivendo de momentos  aparentes, até  que as evidências possam indicar o contrário, porque depois das eleições a realidade cobra as faturas dos sonhos democráticos.

       Por um momento, muitos dos meus contemporâneos passarão a acreditar em pelo menos um candidato, e fará deste o seu “salvador da pátria”, mesmo sabendo que os seus programas são revestido projetos faraônicos e utópicos, revestidos para dar ao povo a ilusão de que os serviços públicos terão “padrão de excelência”, por isso acredita que em breve todos esses sofrimentos e as dores das causas enfermas,  serão coisas do passado, pois nas palavras dos políticos, a doença sairá da vida sofrida para aqueles que estão desprovidos de convênios médicos, por isso, o que lhe resta é acreditar em pelo menos um dos candidatos, entre os vendedores de sonhos. 

        Até o péssimo transporte apelidado de público, ficará somente das memórias imprecisas do passado daqueles que ficam a esperar eternamente nos pontos de ônibus, todos os sofrimentos, ficam no esquecimento no período eleitoral, porque os eleitores ficam a  sonhar com os olhos dos políticos, a esperar pelas “estações” refrigeradas, com frigobar e biblioteca, sentados nas poltronas imaginárias que fazem massagens (como as dos Deputados).

        A eleição tem esse poder de transformar tudo em esperança e levam as pessoas acreditar realmente na possibilidade de mundo melhor e esperar que tudo ira dar um pulo na qualidade nas suas vidas, e ao fim das festas democráticas, essa multidão carente de tudo, ficará a espera das realizações, mas a eleição passa e a vida real continua, e na segunda feira, o trabalhador continuará a pagar muito impostos e recebendo pouco retorno em forma de serviços públicos de qualidade.

          E assim, ao fim da eleição, o eleitor receberá um choque de realidade e acordará para a vida sofrida, e aquela expectativa de dias melhores continuará até chegar às próximas eleições, pois a cada eleição a esperança é renovada para aqueles que não têm com quem contar, mas povo que durante a eleição é chamado carinhosamente de eleitor, ficará na fila das esperanças cansada e a espera das mentiras sadias, e continuará vivendo do seu salário que termina quando o mês inicia, o que lhe resta, é entrar nos ônibus e seguir para o trabalho, porque os poucos lazeres e comemorações na sua vida, quem paga é o seu rico dinheirinho.
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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