Artigos / Wilson Fuá

15/06/2016 - 08:32

Aproveitamento dos idosos

                    Nos anos 60, a maioria das casas não tinham rede de abastecimento de Água, e geralmente o chefe da família, providenciava para furar um poço no fundo do quintal.

                E um velho senhor, acordava cedo e carregava dois baldes, um em cada ponta de uma vara de goiabeira, sendo que um balde era novo e outro era velho e tinha rachaduras provocadas pelo uso por anos e anos, na utilização em transporte de água para abastecer a família.

               E um dos filhos do senhor Sassu, ficava a olhá-lo e vendo que um dos baldes perdia um pouco da sua água até chegar à casa, lhe perguntou, porque não trocava aquele velho balde rachado por um outro novo e mais eficiente para o transporte de água?

             O velho senhor Sassu, respondeu ao filho:
        - entenda que o uso desse balde velho e rachado, já pagou o valor gasto por ele, e hoje apesar da sua utilidade trazer apenas a metade da água a nossa família, esse mesmo balde desenvolve outra atividade.

       - veja que pelo lado do balde rachado, eu o utilizo para irrigar minha pequena hortaliça, e apesar da aparência do velho apresentar pouco útil, agora desenvolve dupla utilidade, ou seja, além de ajudar no abastecimento de água a família, ainda ajuda a produzir produtos para alimentar a todos com as hortaliças produzidas no canteiro, que são irrigados de forma indireta, pois molho o canteiro com dupla utilidade do velho balde.

        Infelizmente no Brasil, as pessoas ao envelhecer são desprezadas e encostadas nos cantos das casas, penso que o país tem que repensar o aproveitamento dos ídolos de acordo com o seu talento, propor aos idosos o desenrolamento de atividades onde eles possam utilizar as suas experiências em forma de conselheiros, ou mesmo onde o idoso possa desenvolver suas atividades de maneira diferente, onde não seja necessário usar as forças musculares, mas sim, buscando utilizar das suas experiências em forma de orientações e desenvolvendo em forma de espelho aos mais jovens e que a sua história de vida seja exemplo para a comunidade em que vive.

        Ao envelhecer-nos passamos a ter outras qualidades, mas o país não desenvolve a possibilidade de aproveitamento das qualidades dos idosos, o que poderia trazer bons resultados para os idosos, para as famílias e para administração pública em geral.

        As atividades em Conselhos Municipais, Estaduais e Federais para exercê-las, deveria conter em seus estatutos a obrigatoriedade para compô-lo, ter pelo menos um  cidadão com a idade mínima de 60 anos e que este tenha especialidade na atividade que escolher, com isso, abria as portas da vida a aqueles que ainda tem muito para dar e abrindo a oportunidade para milhões de idosos que estão encostados nos cantos das casas, e que poderia com as suas experiências e sua história de vida, mostrar os atalhos dos caminhos aos jovens administradores e também porque nessas atividades, necessariamente para exercê-la não precisa de força física, mas sim mental, e isso os idosos têm de sobra.   
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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