Artigos / Airton Reis

03/11/2014 - 10:05

Ler ou não ler? Eis a lição!

   Alfabetizados ou não? Letrados ou escolarizados sem educação? Livros sobre a mesa ou pesquisa sem extensão? Com quantas palavras se constrói uma Nação? Em quantas páginas publicadas a liberdade de expressão? Será a língua portuguesa “a última flor do Lácio inculta e bela”? Sobreviverá à cultura nacional quando submersa em mais de uma mazela? Quando a Pátria verde e amarela? Aonde o azul anil? Quem são os filhos e filhas da Mãe nem sempre gentil?

    Brasil, Brasil, Brasil: Três vezes descoberto. Três vezes colonizado. Três vezes reino destronado. Três vezes proclamado independente. Três vezes inconfidente. Três vezes alforria. Três Poderes basilares da Democracia. Três instancias da Cidadania. Três estrelas de nome Maria. Santíssima Trindade além da histórica Vila Bela. Trezentos anos vigilantes em sentinela. Terras e tratados. Marcos e Estados federados. Municípios distanciados. Assentados e favelados. Acomodados e relutantes. Fardados e meliantes. Abastados e mendicantes.

    Terceiro parágrafo sem travessão. Cultura, Ensino ou Educação? Formação ou informação em tempo real? Repente ou repetente presidencial? Dente de leão institucional ou garra afiada da Receita Federal? Quem recolhe? Quem aplica? Quem distribui? Quem sonega? Quem delega? Quem burla? Quem recebe? Quem paga? Quem desvia? Quem destina? Quem propina? Quem delata? Quem ata? Quem desata? Dona cigarra ou dona barata? Erva daninha ou joio político infestado? Estatuto da Criança e do Adolescente ou infante marginalizado? Nem tudo é Público. Nem tudo é Privado.

    Quarto escuro. Leito desarrumado. Ventilação ausente. Povo nem sempre dormente. País do penta. Suíte de presidenta (?). Guarda roupa embutido. Salão principal. Baile eleitoral. Orquestra ministerial. Samba sem qualquer canção. Toca o surdo. Repica o pandeiro. Dedilha o violão. Ecoa a corrupção. Ressoa a improbidade. Ouvido mouco. Olho tampado. Nariz fechado. Será um último tango? Será um remendo de fado abrasileirado? Sei não, sem qualquer regionalismo exacerbado, acho que será um legítimo rasqueado.

    Mas, ainda podemos ouvir com apenas uma orelha o que já é audível em mais de uma mídia internacional. Mas, ainda podemos ler somente com um olho as linhas nebulosas em mais de um temporal...

    Enquanto isso, uma narina continua em crescimento acelerado. Depois disso, será que ainda haverá mais de um nariz avermelhado? Por hora, o circo continua armado. Tem palco e picadeiro. Tem malabarista e domador. Tem respeitável público. Tem mastro, astro principal e montador. Tem Palácio da Alvorada. Tem Congresso Nacional. Tem mais de um Tribunal! A padaria abriu. O pão no preço subiu. Tem jornal no Brasil!
Airton Reis

por Airton Reis

É poeta em Mato Grosso
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