Artigos / Alfredo Menezes

18/02/2016 - 14:30

Assuntos de MT

Blairo Maggi, em nome das cinco irmãs, (Bunge, Cargill, Amaggi, Dreyfus, ADM) deu publicidade ao estudo sobre a Ferrogrão ou a ferrovia entre Sinop e Miritituba no Pará.
 
Carlos Fávaro, no exercício de governador, foi a um encontro em Brasília na embaixada chinesa junto com os governadores e bancadas federais do Acre, MT e Rondônia.
 
A assessoria de imprensa do Governo deu destaque ao encontro e à ferrovia Transoceânica.
 
Há interesse em tentar melhorar a infraestrutura, mas há também política na mexida dos dois. Carlos Fávaro tem a intenção de ser candidato ao Senado.
 
Um dos argumentos é que Blairo, Eraí ou Pupim são grandes produtores, não ligam para os problemas dos menores.Que o Fávaro é que faria esse meio do campo.
 
Ferrovia tem o condão no Estado de atrair muitos votos.
 
Lembram da Fico ou ferrovia de integração do centro oeste lançada em 2010? Ajudou na eleição do Blairo e do Silval.
 
Terminada a eleição não se falou mais nela. Apareceu o Blairo com outra agora e o Fávaro grudou na dos chineses.
 
Só uma tem condições de sair, não há carga para as duas.
 
Tem mais ingredientes nessa imaginada disputa para 2018. Blairo recuou de se filiar ao PMDB. Michel Temer não veio a Cuiabá por causa disso.
 
O motivo do recuo do Blairo é o veto do governador e mais dez partidos ao PMDB e ainda porque quer neutralizar o apoio direto do Taques ao Fávaro em 2018.
 
Ao ficar no PR acredita que pode atrair apoios entre aqueles dez partidos. Blairo, como nunca, criou grupo político no Estado, agora tem que fazer um meio de campo que nunca fez antes.
 
Vamos ver como sairá.
 
Em março, empresários de navegação do rio Missouri, EUA, estarão em MT. Fala-se que podem financiar o porto em Morrinhos.
 
Será que vamos desatar esse nó na Hidrovia Paraguai-Paraná?
 
Em Abu Dhabi, houve um encontro internacional para comércio de produtos do campo e também para discutir inovação para a agricultura.
 
No Estado, a Fundação Mato Grosso, em associação com instituto de Londrina, tem trabalhado a área de tecnologia no campo.
 
Não adianta ter solo fértil ou chuva e sol na quantidade certa, se não tiver tecnologia para novos cultivares.
 
Além daquela fundação, tem dois novos possíveis caminhos para pesquisas no estado. Um é o Parque Tecnológico já criado. Fala-se que ele poderia inicialmente ir para a Arena Pantanal enquanto não se concretiza fisicamente o futuro Parque lá em Várzea Grande.
 
É uma boa ideia, espera-se que a Secretaria de Ciência e Tecnologia não recue dela.
 
A outra vertente de pesquisa pode ser o MT-Ciência da UFMT em Sinop. A área de ciências agrárias, com seus muitos doutores, abriu espaço para realizar pesquisa para a produção no campo.
 
Não é pegar dinheiro público para fazer pesquisa para o agronegócio. É o setor contratar os serviços do MT-Ciência, pagando por isso, para ser realizada pesquisa ou inovações para a agricultura do Estado. 
Alfredo Menezes

por Alfredo Menezes

 é historiador e articulista político em Cuiabá. e-mail: pox@terra.com.br
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