Artigos / Dirceu Cardoso Gonçalves

13/01/2016 - 20:23

Os black-blocs o MPF e a Polícia Federal Os black-blocs o MPF e a Polícia Federal

                Mais uma vez, São Paulo e outras grandes cidades brasileiras vivem o terror dos chamados “black-blocs”, que se infiltram no movimento de protesto ao preço das passagens de ônibus, trens e metrô e cometem atos de vandalismo.

Esse movimento de desordeiros é nacional e age diante da incapacidade dos governos estaduais resolverem o impasse do fortalecimento do crime organizado, que tem hierarquia, táticas de ação, financiamento e outros tipos de logística.

É preciso encontrar meios eficazes de enfrentá-lo. Já passou da hora de haver a intervenção firme do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, para que toda e qualquer pessoa que for a uma manifestação mascarada, portando armas ou partindo para ações de vandalismo, seja presa preventivamente  por um período suficiente para se saber de onde ela veio, sua motivação política quem são os chefes, e também os seus financiadores.
               
O direito à manifestação é constitucional. Todo insatisfeito pode e deve fazer o seu protesto para que a sua reivindicação chegue a quem de direito e, na medida do possível, leva à solução dos problemas. Mas, no caso das manifestações surgidas em 2013, exatamente contra o preço das passagens do transporte coletivo, por ser herarquizada  perdeu-se o controle e os vândalos atacaram, sabe-se lá a serviço de quem e com quais objetivos. O mesmo ocorreu por ocasião da Copa do Mundo onde, mais do que o protesto, o que se viu foi a desordem e a pouca ação das autoridades, manietadas pelas leis permissivas. De todos os movimentos havidos em São Paulo nesses três anos, com atos de vandalismo, restaram apenas pouco mais de 100 inquéritos policiais e termos circunstanciados e menos de 20 processos, conforme informa o secretário da Segurança Pública.

                Para evitar o caos – que muitos insistem em produzir – é preciso que as manifestações daqueles que discordam do aumento das passagens do transporte ou sobre qualquer outro problema, não atrapalhem a vida da população que apenas quer exercer o seu direito de ir e vir e a segurança pessoal.

As polícias precisam, identificar e processar os fabricantes do caos para evitar que, sob o pretexto de protestar por coisas pontuais, continuem levando o medo e o terror ao povo. É preciso separar as bandeiras e tratar com os rigores da lei aqueles que se infiltram em ações sociais e legalmente permitidas para cometerem crime. Para o Ministério Público Federal e a  Polícia Federal, que trancafiaram figurões poderosos e estão combatendo a corrupção no Brasil, essa missão, deve ser até simples. Se usarem a mesma energia aplicada contra os corruptos, também aniquilarão aqueles que confrontam a fraqueza dos governos estaduais atacando a polícia e depredando o patrimônio publico e privado. 

                As mãos firmes do MPF e da PF poderão dar uma grande contribuição para, de um lado, garantir o direito à livre manifestação e, por outro, expurgar os protestos daqueles que, em vez da democracia, procuram estabelecer a anarquia...                              
Dirceu Cardoso Gonçalves

por Dirceu Cardoso Gonçalves

Tenente – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
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