13/01/2016 - 14:10
Expectativa coletiva
É muito fácil presentear quem não precisa de amparo material e fácil doar a quem nunca lhe pediu nada, mas por outro lado, é muito difícil estar ao lado daqueles estão situadas abaixo da linha da prosperidade e carente de tudo.
Mas, é importante saber que fazer o bem só no causa o bem, mesmo que ao fim das contas, apesar da traição e da ingratidão, a falta de reconhecimento, faz parte dos nossos relacionamentos, pois é através da caridade que participamos do mundo aceitando todas as estigmas espirituais, devemos estar preparados para ao fim de cada relacionamento e saber aceitar algumas decepções, ou talvez receber pequenos reconhecimentos, ou seja, a gratidão, o obrigado, a consideração e o respeito deixam de fazer parte da ação benéfica conquistada, pois existem pessoas necessitadas de ajuda permanente e não fixa nas suas próprias lembranças a grandeza de receber.
O ato emocional não se restringe e se acaba ao dizer mecanicamente “Deus lhe Pague”, a ajuda não é evolutiva para aqueles se sentem carente de tudo, pois em sua cabeça impera o ato de pedir, fazendo com que sua emoção pela gratidão seja jogada na lata de lixo.
Pouco conhecemos das pessoas só pelo convívio, na ânsia em ajudá-las, retiramos delas a melhor coisa que existe no crescimento pessoal, que é vencer pelos próprios esforços, entretanto, há a consciência de que muitos não irão mudar sua maneira de viver pela simples ajuda recebida, pois a vida para essas pessoas se resume em momentos.
Devemos ter consciência de que ao fazer o bem aos outros, estamos fazendo para nós mesmos. Os riscos dos nossos atos são de nossa exclusividade e não devemos culpar aos outros se alguma coisa em forma de gratidão der errado.
Na luta entre o coração e razão, muitos optam por retardar as decisões a procura de justificativas inúteis. Somam-se os porquês, pois os desperdícios das possibilidades são de exclusividades pessoais, a turma do “eu quero um empurrãozinho” faz parte daqueles que estão dosando demais os seus desafios e ao fazer isso, limita a sua própria capacidade de assumir a maior força que a vida nos dá, que é o poder da superação individual.
por Wilson Fuá
É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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