Quando se aproximam as eleições, começa a esperteza em forma de coligações e a expectativa de retorno futuro, faz com que cresça o número de partidos coadjuvantes e as ideologias se misturam.
Antes mesmo das convenções partidárias, as similaridade de interesses se juntam de acordo com as eleições passadas, e eles se juntam:
1 – você me ajudou a eleger para prefeito, depois eu te ajudei a eleger ao governo e agora terá que me apoia nesta reeleição;
2 – não vou subir no palanque do seu partido, porque este estará recebendo apoio de um partido desgastado pelas investigações, mas vou lhe dar apoio por baixo do pano, para que o povo não tenha parâmetros para me julgar os meus conceitos no futuro;
3 – e, com esse apoio desta eleição, podemos “acertar”, o meu apoio para as próximas eleições, e de eleição em eleição, esses segredos ficarão guardados nos porões dos partidos.
Será?
O conceito de ideologia partidária, na verdade é um conjunto de ideias ou reunião de pessoas com o mesmo pensamento que se agrupam legalmente para congregar através das ações políticas, econômicas e sociais. A ideologia definitivamente foi jogada no lixo da história, pois hoje vemos donos de partidos e não existem mais líderes em detrimento do poder econômico, por isso, vemos uma grande mistura de ideologia, são industriais filiados em partidos socialistas; vemos comunistas filiados em partidos religiosos; e no congresso existem várias bancadas de acordo com os interesses, e os elementos mais atuantes estão na Bancada BBB: da Bíblia, do Boi e da Bala.
A política virou um “balaio de gato” e a pressão do poder econômico aplica-se o sistema de “parigato”, aperta os ideólogos remanescentes que eles saem. As atividades partidárias podem ser analisadas, de vários modos e entendimentos, e aquele velho princípio de singularidade não existe mais, pois foi substituído pela similaridade dos interesses dos dirigentes.
Nos termos do Art. 17 da Carta Magna, é livre a criação, incorporação, fusão, e extinção de partidos políticos e não há como disputar um cargo eleitoral, se o candidato não for filiado a um partido, portanto, vemos a criação de mais e mais partidos, pois os interesses são multiplos.
Hoje as estruturas partidárias são dominadas por aproveitadores, que de forma legal oferecem as siglas como “barriga de aluguel” e o mercadão financeiro em forma do caixa 2, financia os pequenos partidos com vendas de horários políticos, em nome do retorno futuro das pessoas espertas chamadas de “dirigentes partidários”.
Os princípios partidários que vislumbram os objetivos comuns e coletivos, na verdade ficam apenas inscritos nas letras mortas dos velhos estatutos partidários que estão esquecidos nos fundos dos empoeirados armários das sedes dos partidos.
Quando se aproxima as eleições, começa a esperteza em forma de coligações e a expectativa de retorno futuro, faz com que cresça o número de partidos coadjuvantes e as ideologias se misturam.