Artigos / Dirceu Cardoso Gonçalves

01/01/2016 - 14:49

​Um ano de muito trabalho

Dirceu

 (Crédito: Dirceu)
            O ano começa com a certeza da recessão presente. Números de 2015 ainda não são inteiramente conhecidos, mas todo brasileiro sabe que 2016 será difícil e seu desempenho dependerá de uma série de variáveis que ainda estão por acontecer. A luta política é um dos complicadores e deve se arrastar por boa parte do primeiro semestre, podendo provocar grandes impactos. A economia – especialmente os investidores – vivem em compasso de espera para saber o que fazer, e a população, que pode apenas esperar pelos desfechos, sofre com o desemprego, a inflação e outros efeitos da crise estabelecida.
 
            Mesmo com todas as interrogações presentes, por uma questão de tradição, de esperança ou até de comodismo, acreditamos que 2016 será melhor do que foi 2015. O ano que se findou não foi de tudo inútil; ele nos deu a oportunidade de descobrir e tornar publicas as falcatruas, pedaladas e a corrupção que grassa no país. Desnudou os poderes executivo e legislativo deteriorados, mostrou a economia capenga (que o governo dizia ser maravilhosa), deixando claro um país à beira da ruína, onde Saúde Pública que mata e tortura e a insegurança pública atordoa. Isso sem falar do desemprego, da miséria e da fome. Tudo isso escancarado, mobiliza o povo, que exige solução. Aos detentores do poder resta apenas, reconhecer os erros e, se ainda tiverem tempo para isso, não repeti-los.
 
            O Brasil de 2016 exige ajustes que podem ser amargos, mas são inadiáveis. Os governos não podem continuar gastando mais do que arrecadam e não devem querer arrecadar mais simplesmente aumentando ou criando novos impostos. É preciso recorrer a mecanismos que ensejem o reaquecimento da economia e, através do aumento da produção e do vigor do mercado, obter a elevação das receitas. As obras de infraestrutura, que tradicionalmente movimentam a economia, precisam ser retomadas e passar pelo severo crivo da luta anti-corrupção hoje encorpado nas operações relativas ao Mensalão e à Operação Lava-jato.
 
            Precisamos, urgentemente, recuperar a confiança do brasileiro no governo, nos políticos e em todas as instituições da sociedade. Criar um clima positivo onde o investidor tenha segurança para colocar o seu capital, o trabalhador tenha sua oportunidade laboral e os governos – federal, estaduais e municipais – contem em seus cofres com os recursos suficientes para prestarem os serviços públicos de sua competência e obrigação. No dia que conseguirmos vencer essas etapas, estará eliminada a crise e o Brasil, finalmente, voltará a marchar rumo ao seu grande destino. 2016 será um ano de muito trabalho que, bem executado, poderá nos livrar da crise e evitar o sofrimento da população.
 
 
 
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
 
aspomilpm@terra.com.br                                                                                                     
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Tenente – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
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