Artigos / Wilson Fuá

07/10/2015 - 08:16

Viagem sem volta

A cada momento das nossas vidas, sentimos aquela necessidade de contestar e tentar mudar tudo e a todos, mas logo em seguida deixamos o lado do impulso e sentando no alto da razão, passamos a entender que nada podemos mudar senão a nós mesmo.

Quantas vezes às pessoas perdem tempo ao perseguir ou julgar as outras pessoas que são apenas personagens representativas da imagem de um espelho quebrado ou parte de uma ação negativa. Na verdade cada pessoa para sentir a leveza da alma, deve rever as suas próprias ações até conseguir pequenas evoluções, espiando o que está fazendo e escutando a voz do seu interior, analisando cada decisão até entender os seus limites.

É sempre conflitante pensar que a felicidade está em outro lugar ou que a infelicidade está na insatisfação momentânea daqui ou dali, muitos caminham e vão muito longe atrás de sonhos não acessível, até entender que a felicidade não está nos lugares ou nas coisas, mas sim, dentro de si mesmas ou no simples estar junto com as pessoas que amamos.

Muitos ao invés de espalhar sementes ficam em busca de solos imaginários, sobem montanhas e somam distancias, cansam e param no encontro dos caminhos e ficam a vigiar a singularidade da chama quase apagada de um ser sem rumo, esquecendo a parte mais significativa da vida, que é: encontrar-se; entender-se e desfrutar o prazer de amar. As coisas mais importante de nossa vida não tem preço, porque são de graça: espiar a beleza da natureza é de graça, mas fotografa-la ou pintá-la tem um preço; apreciar os detalhes da perfeição de pedra preciosa é de graça, mas ao tentar levá-la ou possuí-la com exclusividade tem um preço; tocar com espontaneidade da aceitação mútua e sem tentar ser possuidor do sentimento que não são seus, não custa nada; ao ouvir o som disponível, é grátis, mas ao exercer o poder seletivo, repetitivo e individualizando-o tem altos custos. 

A descrença pessoal e a falta de fé estão levando as pessoas a buscar palácios religiosos em busca de ajudas espirituais, às vezes pagando caro por isso. As tribos urbanas estão escravizadas pela força das ações motivadoras da sociedade consumista, que estão transformando hábitos em vícios e ao exercer poder de compra, as pessoas estão investindo em alegrias artificiais, que para muitos, pode se transformar em viagem sem volta.
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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