Artigos / Paulo Fanaia

21/10/2014 - 07:59

Filhos e Amigos de Cáceres

No dia 14 de dezembro do ano passado realizamos em Cáceres o IIº Encontro dos Amigos da Princesinha do Paraguai, com a única finalidade de promover o reencontro entre amigos de Cáceres, de gerações e de épocas marcantes em nossa cidade, onde reinavam amizades afetuosas que nunca se apagam como aquelas vividas em ambientes como: Bar do Jucão, Society Lanches, Mini-praia, E.C Humaitá, Praça Barão do Rio Branco, Campo do Mato Grosso, ISM, CIC, comprar e trocar figurinhas de futebol e outros na banca da Praça Barão do Rio Branco, na revistaria da Alaidinha, comprar coisas e mais coisas na banca do Nagib, assistir filme nas matinês no Cine Palácio, Copacabana, São Luiz, chupando supra-sumo, mentex e bala chita.

Fazer curso de datilografia com a Dona Filomena, fazer treinamento de escoteiro com Bilú e Sebastião de Paula. Fazer aula de reforço em matemática com o tio Horebe, cortar o cabelo com: Medina, Seo Chiquinho, Gito, Folô, Corumbá, Lelita Menacho e salão TRI do Assis. 

Lembranças do Cine Palácio com a sua sirene tocando para anunciar o início da sessão, do Cine Copacabana com as sessões lotadas nos filmes de Mazzaropi, Cine São Luiz ponto de encontro de casais apaixonados.


Tempos bons em que a moda era brincar de pique, de esconder, pega-pega, bolinha de gude, rodar pião, jogar finca-finca e passear de canoa pelo rio Paraguai. 

Vestir roupas e usar perfumes da época como: tênis Allstar, Keds, Kichute, Conga, Bamba, anágua, combinação, japona, calça Lee, Lewis, jaqueta de couro jack, calça Topeka, calça Far West, Quina petróleo no cabelo, camisa cacharrel, calça boca de sino, macacão Lee e da Esso, sapato Samello, túnicas, batas, anel de brucutu, tomar bebidas como cuba livre, ponche, Martine, Mirinda, Crush, guaraná Princesa, campary, bem-bom, e comer mandiopan.

Dirigir automóveis e pilotar motos de grandes marcas como: fubicas, lambretas, xispa, vespa, brasília, fusca ,variant, sp2, puma, maverick, opala, dodge dart, sinca, aerowillys, DKV, galaxy, passat, e seus acessórios como toca fita rodstar, tkr, twiter e alto falante selenion e bravox, bola de câmbio e direção da playboy, escutando a rádio Translider. 

Curtindo e ouvindo canções com requinte e de bom gosto e qualidade com bandas e cantores que marcaram épocas de grandes melodias como: Banda Status, Jacildo e seus rapazes, Renato e seus Blue Caps, Roberto Carlos, Paulo Sérgio, Rita Pavoni, Gigliola Cinquetti, Wanderley Cardoso, Jezebel deluque nas tardes do cine Copacabana, Secos e Molhados, Jerry Adriani, entre outros.


Lembranças de grandes festas como, da exposição agropecuária, as famosas festas juninas no ISM, gincanas na Praça Barão do Rio Branco, Baile das Debutantes, as brincadeiras dançantes nas casas dos amigos, carnaval com blocos de fantasia no EC Humaitá, UBSSC, União Operária, Mato Grosso, como; bloco das oncinhas, Piranhas, Bloco pega no meu coração e a Escola de Samba Unidos de Vila Maria, organizada pela Ione.

Ter o privilégio de estudar nas escolas e fazer parte das suas famosas Fanfarras como ISM, CIC, CEOM, Maçonaria, e ter professores como, Natalino Ferreira Mendes, Estela Ambrósio, Frei Matheus, Lindote, Tuti, Emília Darcy, Frei Gumaru, Dona Ludi, Horebe, Honorata, Haidée Lara, Adair, Olguinha, Gilza Ambrósio, Frei Grignon, Maria Ninomia, Poty Coelho, Rosália Maciel, Nair Fanaia e as aulas de reforço com a profª. Nety.

Quem também não conheceu pessoas ilustres e marcantes como: Seo Lalico e Dona Santa, Seo Ito, Zé Turco, Zefão, Rubens de Pinho, Zé da lapa, Aroldo Fanaia, Seo Pinheirinho e Dona Menina, Átila Silva, Seo Tim, Seo Ouro, General Barão, Inspetor Garcia, Wilson Silva, Joanita Leal, Demétrio, Villar Dias e Tia Gica. Joaquim Dias e Dona Catú, Zé Grande, Milton Curvo, Gico Curvo, Luiz Ambrósio, Dona Margarida parteira, Zé Lacerda e Dona Madalena, Nelson Dantas , Wilson Fanaia, Seo Bugre Garcia e Dona Ladice, Airton Montechi e Dona Felí, João Pinheiro da TI Baleia, Gilberto Mineiro, Totó Garcia, Renato Garcia.

Quem não encontrou com os ambulantes que alegravam as ruas de nossa cidade entre eles: Dinaná do picolé “Pelé venceu na bola e Dinaná no picolé”, Basílio Ramos “o melhor farinheiro de Cáceres”, Seo Paulo da rapadura de goiaba, Dona Julita com as suas deliciosas pamonhas, Titina e seus bolos de queijo, os vendedores de suquinho bem-bom, Churrasquinho do seo Oliveira, os peixes do jacobina, Seo Fontes do picolé de grosélia.

Tempos também de Vôlei na Praça Barão do Rio Branco com João Deluque, onde a moçada se divertia praticando esporte e de onde saiam os grandes jogadores da seleção da cidade como: Elsinho, Adilson Reis; Esquiar nas águas do rio Paraguai com Nelson Dantas, Dona Gracinda, Nelsinho, Zé Ito, Liamara, Pelezinho, puchados pelo veloz Hirondelle.

É por isso que realizamos o Encontro, proporcionando a oportunidade de reencontrar e relembrar os tempos áureos daquela glamorosa época vivida nos anos 60, 70, 80 e 90

Um grande abraço a todos.

“SÓ EXISTE UMA COISA MELHOR DO QUE FAZER NOVOS AMIGOS: CONSERVAR OS VELHOS AMIGOS.”
Paulo Fanaia

por Paulo Fanaia

é professor e cacerense
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4 comentários

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  • por Guadalupe Tramarin, em 02.02.2015 às 00:02

    Ê Fanaia,só você mesmo prá nos fazer recordar de tanta coisa boa vivida no passado .Parabéns pelo artigo ,ao ler revivi cada situação.E que Julho/2015 nos aguarde!

  • por Pe. Wandionor Vanini Filho (Dyco)., em 21.10.2014 às 10:23

    PAULO, MUITO RICO E CHEIO DE RECORDAÇÕES O TEU ARTIGO. LI COM MUITA ATENÇÃO E POSSO DIZER QUE VIAJEI UM POUCO NO TEMPO. POIS, VIVI IMENSAMENTE ESSA ÉPOCA E TRAGO EM MEU CORAÇÃO GRANDE ORGULHO DE SER CACERENSE. UM DIA GOSTARIA MUITO DE PODER PARTICIPAR DESSE ENCONTRO. AMO ESSA TERRA. (*Quem faz este comentário é o Pe. Vanini - hoje no Paraná).

  • por EDNA SEBASTIANA DA SILVA CUSTÓDIO, em 21.10.2014 às 09:13

    MUITO BOM PAULO FANAIA,FAZER A GENTE LEMBRAR TODOS OS MOMENTOS BONS QUE NÓS VIVEMOS,BRINCADEIRAS SADIAS,AMIGOS PARA SEMPRE,QUE GUARDA NO CORAÇÃO.

  • por Aroldo Fanaia, em 21.10.2014 às 08:21

    Parabéns Paulinho! um breve resumo dos bons tempos vividos. Vale também lembrar do tempo em que a gurizada trabalhava o dia inteiro para ajudar a montar os circos em troca de ingressos. Trabalhávamos bastante, enquanto os artistas e anões ficavam deitados em suas barracas. No final, ingresso que era bom, nada.

 
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