Artigos / Dirceu Cardoso Gonçalves

13/08/2015 - 09:50

O que querem os brasileiros?

            Chamada há semanas pelas redes sociais e encampada por partidos de oposição e segmentos da sociedade, deve acontecer no próximo domingo, dia 16, nova manifestação contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Uns pedirão a apuração rigorosa dos malfeitos ocorridos no terreno político-administrativo e outros reivindicarão diretamente o afastamento da governante. O direito de manifestação é livre, segundo a legislação do estado democrático de direito e o discurso dos próprios ocupantes do governo. O que preocupa, no entanto, é a possibilidade de confronto, que poderia levar o movimento a resultados imprevisíveis.
     
       Da mesma forma que ocorrerão as manifestações contra o governo e a presidente, nada impede que hajam reuniões de apoio. É nesse particular que se deve atuar para evitar o choque entre os opostos. A liberdade de expressão deve ser respeitada tanto para uns quanto para outros e os organizadores têm do dever de zelar para não ocorrer o choque, que só serviria para impedir a exposição de suas teses e, de quebra, ainda poderá resultar em feridos e até mortos. As autoridades também precisam se manter atentas.
          
  Infelizmente, vivemos num impasse prejudicial ao país. Multiplicam-se as forças que querem o afastamento da presidente e a mudança do governo cujos níveis de popularidade descem a patamares nunca antes conhecidos. A presidente e o governo, exercem o seu direito de lutar para continuar. Para o bem geral, é importante evitar que o confronto de idéias possa desaguar no desforço físico e social, onde todos perderiam. Não pode o emocionalismo superar a razão e nem o desencontro político aprofundar a crise econômica.

            Para a sociedade, mais importante do que o governo se manter ou não é a solução do impasse. O país mergulha na crise econômica que reduz a produção, gera o desemprego e outras tensões sociais. Precisamos ter um governo em condições de adotar medidas e arregimentar as forças econômicas (especialmente o investidor privado) para o enfrentamento da tormenta. Pouco importa se à frente dele esteja Dilma Rousseff ou quem a vier suceder num processo legal, institucional e democrático. O fundamental é termos um governo com forças suficientes para enfrentar a crise e capaz de governar. O Brasil e os brasileiros não podem esperar...
Dirceu Cardoso Gonçalves

por Dirceu Cardoso Gonçalves

Tenente – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
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