Artigos / Wilson Fuá

03/07/2015 - 09:07

Data de validade vencida

Quantas pessoas vivem de felicidade adiada, escondidas entre seus desejos, seguindo os seus dias guardando os prazeres da vida como se fosse mercadoria, estocam em seu coração, e que com o passar do tempo vão se acumulando em forma de: angústia, solidão, e fuga de relacionamento. Vivem como se o isolamento fosse o combustível para se chegar a um objetivo. Estocar alegria para o futuro não é bom, porque um dia ao ser procurado, ela pode estar estragada.

Viver em estado de alegria, é partir do pré-suposto que esse estado de embriaguez lúcida faz com que tenhamos apenas a visão que tudo vai dar certo, já pelo estado de tristeza, vemos somente tudo àquilo que pode dar errado, e que transforma em opostos que escravizam o entendimento das coisas, dos momentos e principalmente nas relações interpessoais.

Certo é que as pessoas alegres recebem a bênção em todos os momentos da sua vida, e conseguem ver a vida pelo lado bom, dando sempre ênfase em tudo que está certo, e as chances ao seu favor são facilitadas, atraindo sempre mais pessoas felizes para fazer parte da sua vida. Até o universo se alia a você, é como se todas as manhãs ao abrir a janela o dia já estivesse lhe esperando com um sorriso, lhe oferecendo milhares de oportunidades criadas especialmente só para você. Mas isso só acontece, se você fizer a sua parte, indo sempre de encontro do prazer de viver, porque muitas vezes, sem você saber o estado de alegria te procura, mas às vezes não encontra o seu endereço, e quando isso acontece o seu isolamento transforma a sua figura, num ser invisível, desprezível e isolado. O certo é procurar o prazer de viver em todas as coisas, e para localizá-lo existem mil entradas, mas a maioria delas está disfarçada, têm armadilhas como: entregar-se aos vícios, pois tudo que é gostoso, também é perigoso; a busca pelos prazeres nunca saciados; a entrega total a pessoa errada; a luxúria na forma de desejo sexual proibido e incontrolável; a ira aos desiguais ao seu modo de ser, e a preguiça mental.

Na porta certa, existem muitas alegrias e nessas estradas existem os pontos altos da vida, o estado de sentimentos felizes, como: o amor; a compreensão pelo sentimento do próximo; a busca incessante por um mundo melhor e mais humano; a entrega total das suas qualidades, deixando de lado a vergonha de ser reconhecido; ter a sua honra como sua primeira pele; ser honesto até nas coisas desprezíveis ou insignificantes; até transformar-se num ser sensível e buscando sempre minimizar o sofrimento alheio. Essas são portas de entrada para o estado de felicidade e todos conhecem, porém, aquelas entradas estão escancaradas, só que elas exigem um pouco mais de todos nós, porque para viver plenamente dependemos da instalação da visão periférica, tendo mais do que percepção, porque a maioria segue ao contrário, vivendo de uma visão egoística, tentando ser feliz sozinho, e para esses, o lado bom da vida passa despercebido, e por quase todos aqueles que adiam a verdadeira felicidade. Todos os seres humanos têm dois lados: o da maldade ou da bondade, o importante é procurar viver o lado santo e deixar um pouco de lado, o lado pecador.

Viver é ter um objetivo, e a partir daí é que nasce toda a sustentação e suporte para melhor encarar as rotinas, as tribulações e superar os obstáculos, sem, no entanto, deixar-se escravizar todos os seus doces momentos por um só objetivo calcado no sucesso material. Nunca anule a sua vontade e a sua existência por um suposto amor. Nunca deixe de lado as coisas boas da vida em nome de um isolamento, pois um dia você pode ser transformado em um ser de alma vazia. Nunca adie o uso da felicidade, pois um dia quando for procurá-la, estará com data de validade vencida.
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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