Artigos / Wilson Fuá

22/06/2015 - 07:33

Ano que vem teremos eleições

                       O excesso de eleições nunca se constituirá   num mal, pois a eleição futura sempre corrigirá  a  passada, e só  aprenderemos  a votar, votando. Um  pleito eleitoral tem o poder de colocar candidatos vendedores de sonhos e ilusões, frente a uma multidão anestesiada pela esperança de encontrar um  perfil de administração  que concilie sonhos e realidades e que traga como meta maior a  proposta de uma cidade organizada, confortável, e que traga satisfação, respeito  e orgulho a seus munícipes. É um ato de extrema importância e responsabilidade, participar de um processo  eleitoral, onde através do  voto,   passaremos  uma procuração a um homem travestido de político  que dirigirá por longos 04 (quatro ) ou 05 (cinco) anos, dependendo da reforma eleitoral, o futuro de nossa cidade. 

     A população  estará elegendo no próximo ano,  o Prefeito IDEAL, período em que  vários     projetos de governo aparecerão    nos debates eleitorais, alguns com  propostas  visionárias,  na  pretensão de   preparar a cidade  para o grande processo de mudança  e  modernização,  mantendo originalmente  as  heranças  históricas e festeiras que os nossos antepassados nos legaram,  sem que  precisassem se utilizar  de fórmulas mágicas e  varinha de condão. Na época,  realizaram o que era necessário e possível, enfrentando as  dificuldades que eram gigantescas em função dos escassos recursos, na maioria das vezes,  compensados  com muito trabalho, dedicação, sonhos  e forte persistência. Edificaram esta  linda cidade,  não se importando em quantos pedaços ficariam fragmentados  o planejamento original, pois a carência da cidade sempre foi infinita, e o futuro sempre cobrou  pelo que não foi realizado, pois  as necessidades não cessam com o decorrer do tempo, esperando que o Prefeito de plantão conserte os equívocos  de uma administração que praticou  excessos  de sonhos sem dispor de recursos  para tal  e que frustrou de maneira drástica  a capacidade de sonhar do seu sucessor.

          Ao povo cabe avaliar o que os esperará  na esquina do ano de 2017, pois através   de longas evidências já  constatamos   que a eleição é como uma loteria, e  que ao escolhermos  um governante, experimentamos uma  sensação de felicidade, “meio que hipnotizados” pelo poder do marketing político que massifica inverdades, e estimula nossos sonhos, pelas sequencias e repetições contínuas de alternativas de mudanças. 
         
Toda essa  festa da democracia leva o povo a acreditar em propostas de um mundo melhor, e de  forma  mágica  os distancia das conquistas possíveis e reais, diminuindo significativamente,  o poder de avaliação e consciência,  onde tudo  que se apresenta pouco, se submeterá a  uma proposta aparente  de repentina transformação,  que num tempo bem próximo,   evidenciará  o que exatamente é real.
         
Em dois mil e dezesseis, ano eleitoral,  muitos dos nossos contemporâneos voltarão  a acreditar em fórmulas mágicas, em projetos faraônicos, cultivando  a ilusão de que os serviços públicos,  terão melhor qualidade, eficiência,  padrão internacional, e que  em breve, todos os sofrimentos e dores  passarão  a constituir  em fatos do passado. Valendo ressaltar ainda o sonho decantado  de  um transporte  público, com “estações” refrigeradas,  frigobar e bibliotecas, além de poltronas de  massagens.
    
  Pois é, a política tem esse poder de envolvimento e transformação, levando as pessoas a sonhar e  a  acreditar que realmente daremos  um pulo na qualidade de vida  da cidade  e que juntos  aprendemos a respeitar  e amar intensamente. E na maioria das vezes  temos que nos perdoar  também, por achar que "desta vez" será  diferente. Tomara  que ninguém diga ao povo que tudo isso  são bobagens, pois certamente seria uma tragédia para a democracia  brasileira se perdêssemos também  a capacidade de viver e  alimentar nossos sonhos mais sublimes.
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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