Artigos / Odair José

10/06/2015 - 20:28

Crucificaram Cristo outra vez? – Sobre o que aconteceu na Parada Gay

Uma grande polêmica toma conta da sociedade brasileira nesta semana. Uma revolta dos “cristãos” aos abusos e afrontas a fé cristã causada pelo movimento GLBT na última Parada Gay em São Paulo. Sei que é um assunto sempre polêmico, porque, na maioria das vezes somos mal interpretados no que queríamos dizer. Já sofri perseguição por causa de textos que escrevi sobre o assunto. No entanto, não consigo ficar sem expor minhas concepções sobre o que aconteceu. E, deixo bem claro que este é um ponto de vista.
Quero tecer alguns comentários sobre o que aconteceu e a repercussão do assunto na mídia nacional. Quero, portanto, pontuar quatro fatos, que, em minha opinião, seria interessante analisarmos neste momento.
 
Em primeiro lugar, eles fazem o que devem fazer.
 
Por quê? Entendo que, de acordo com a Bíblia, a Palavra de Deus, o ser humano está entregue ao pecado. Sua natureza é pecaminosa e a tendência é, cada vez mais, se entregar ao pecado. Neste sentido, entendemos que o deus deste século tem cegado o entendimento dos incrédulos e impedido que os mesmos reconheçam sua natureza pecaminosa. Estamos vivendo dias em que, como disse o Profeta, ao bem chamam mal e ao mal chamam bem. Os valores estão invertidos. A Bíblia diz que “Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si”. Romanos 1.24. Então, eles fazem o que devem fazer até que se encha a ira de Deus sobre a maldade humana. E a Bíblia afirma ainda que “quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda...” Apocalipse 22.11. Desta forma, a tendência é aumentar essas afrontas aos valores morais constituídos ao longo dos séculos. Pois, a maldade do ser humano tem que chegar ao seu limite da tolerância de Deus. E, Deus é longânimo e misericordioso. Ele dá tempo para que o ser humano se arrependa dos seus pecados e volte-se para a sua salvação.
 
 
 
Em segundo lugar, é necessário mesmo uma nova “cruzada”?
 
Faço esse questionamento depois de ver um vídeo do Pastor e Deputado Federal Marco Feliciano que circula no Facebook. No vídeo, Feliciano conclama os católicos, líderes das igrejas Mundial e Universal e todos os protestantes para uma “cruzada” contra os afrontadores dos princípios cristãos. Me fez lembrar o discurso do Papa Urbano II, em 1095, para que os cristãos fizessem uma cruzada contra os “infiéis” muçulmanos. A diferença agora é que o inimigo não é Saladino e sim o movimento GLBT. Fico receoso quando ouço discursos como esses porque é uma incitação a violência. O que estamos vendo agora é uma luta de MMA onde de um lado estão os Homofóbicos e do outro lado os Cristofóbicos. Quem vai vencer essa luta? Entendo que a defesa da fé não parte deste princípio. Que há uma violação dos direitos individuais e coletivos com certeza há, mas partir para um confronto direto desta forma não considero a melhor das opções.
Isso por duas razões básicas. A primeira é que não há consenso, biblicamente falando, da união de diferentes conotações religiosas. Seria como juntar Fariseus e Saduceus numa mesma causa. Isso cheira a ecumenismo. Católicos e protestantes juntos? É realmente isso que Jesus precisa? A segunda é que o que precisa de fato acontecer é anunciar o verdadeiro evangelho. E esse é o terceiro ponto a ser abordado neste texto.
 
Em terceiro lugar, precisam ouvir o verdadeiro evangelho.
 
Quando digo que precisam ouvir o evangelho estou me referindo ao verdadeiro evangelho. Não esse evangelho meia boca que está sendo anunciado na maioria das denominações por ai e que só pensa e fala em dinheiro e prosperidade. Falo do evangelho puro e simples. As boas novas de salvação anunciada por Jesus e seus discípulos. O evangelho que diz que Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Que Ele deu a sua vida na cruz do Calvário para salvação de todos. Que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. O evangelho que diz “mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam”. Atos 17.30. Quem transforma o ser humano é o poder do Espírito Santo de Deus. Todos têm a oportunidade de aceitar a Cristo como salvador. Quem pode julgar? Aqueles que rejeitarem a salvação em Jesus serão condenados, não por mim, nem por qualquer outro ser humano, mas pela Palavra. Jesus não nos chamou para pregar o ódio. Ou será que revidar os atos que eles fizeram vão fazê-los se arrependerem?
 
Em quarto lugar, este ato é um sinal da volta iminente de Jesus.
 
Por quê? Porque Jesus disse que assim “como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam. Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos”. Lucas 17. 28,29. A sociedade atual está cada vez mais aprofundada no pecado e envolvida na iniqüidade. Os prazeres sexuais nunca foram tão explicitamente expostos como nos nossos dias. O que é isso? Um dos sinais mais visíveis da volta de Jesus. Ele mesmo falou que seria assim. O que precisamos é estar atentos aos sinais. E esse é tão claro que até cego vê.
 
Procurei neste texto ser o mais claro possível em minha opinião sobre os acontecimentos dos últimos dias. Minha intenção não é confrontar esse ou aquele movimento e sim anunciar a salvação em Jesus Cristo e dizer que cada pessoa tem o seu livre-arbítrio para escolher o seu caminho.
Odair José

por Odair José

Poeta e Escritor Cacerense, professor de História, especialista em Gestão Ambiental e Técnico Administrativo daUnemat.
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