Artigos / Wilson Fuá

12/04/2015 - 08:53

Os contrastes da vida

A rotina é uma prisão sem grades, quando não se sabemos gerenciar a liberdade do pensamento, vive-se sob a força do pensamento negativo e por isso a incerteza passa a dominar as suas ações. A grande sacada mental é valorizar o que temos e não o que está faltando. As pessoas estão vivendo de felicidades artificiais e são dominadas pelas rotinas consumistas, que na verdade são conquistas passageiras, só para transparecer poder efêmero da grife que usa.

Viver é saber administrar os contrastes que são colocados em nossas vidas, saber ouvir o que a palavra não diz e ver o que a imagem por si só, não revela, pois antes que querer que as pessoas sejam escravas do seu desejo, é necessário que as entendam com as suas vontades e seus desejos, convivendo com o mundo dos desiguais. Todas nós somos diferentes e por isso devemos aceitar o que falta ou sobra em nós, pois pode completar a outra parte daquele que chamamos de par, o que significa saber ver os frutos mesmo antes que as sementes sejam plantadas, fazendo com que as pessoas que nos rodeiam, sintam sempre com se tivesse vivendo uma aventura estimulante.

Não aceitar as pessoas só porque estão próximas de receber algum merecimento e ainda estão abaixo da expectativa do nosso entendimento, é não querer perdoar ou querer aceitar, talvez por pura exigência da perfeição. Saber relacionar é viver cada minuto com muita intensidade, que é a melhor maneira de não deixar com que o tédio, a rotina, a angustia existencial e a mesmice tomem conta das nossas vidas, sabendo filtrar os estímulos estressantes e fugir de tudo aquilo que pode ser transformado em focos de tensão.

Nunca devemos desistir dos relacionamentos por antecipação, relacionar-se bem, é fazer concessões e permitir que as pessoas tenham o direito de errar, são ações que as levam a agir com lucidez e dignidade, pois até nos pequenos eventos também existem a beleza do simples, e pelo contrário, pela exigência da grandiosidade em tudo, faz com que aumente cada vez mais o número de solitários viajantes, que estão viciados em desfazer do simples e por pura exigência buscam eternamente caminhos inexistentes e incertos.
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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